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porto velho, sexta-feira 24 de janeiro de 2025
MUNDO: O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, confirmou um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, na próxima quinta-feira (24) em Genebra, Suíça. Não foi confirmado se os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin estarão na conversa.
A declaração foi feita em uma reunião com o conselho de segurança da Rússia nesta segunda-feira (21).
Nela, o presidente russo disse também que era necessário considerar um apelo dos líderes de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia para que a Rússia os reconhecesse como independentes.
Segundo o presidente, a “Rússia tem tentado resolver a situação de uma maneira pacífica”, mas ficou “claro que o Protocolo de Minsk não será aplicado”, citando o acordo que selou o cessar-fogo após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
A autoproclamada República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk pediram a Putin que as reconheça como independentes.
Caso a Rússia dê esse passo, poderá abrir caminho para que Moscou envie abertamente forças militares para ambas as regiões, usando o argumento de que está intervindo como aliado para protegê-los contra a Ucrânia.
Além disso, Putin afirmou que a ameaça à Rússia aumentaria substancialmente se a Ucrânia desse seguimento aos planos de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O presidente levantou ressalvas sobre uma cláusula do tratado de admissão da Otan que afirma que os países que participam da organização devem sempre apoiar-se militarmente, o que seria um problema para a Rússia caso a Ucrânia gerasse algum conflito na região
Putin disse ainda que afirmações de que a Ucrânia não está pronta para entrar na Otan não são uma concessão à Rússia, mas um cumprimento dos planos do Ocidente.
Além disso, o presidente russo declarou que Emmanuel Macron disse que os EUA haviam “mudado sua postura”, mas o presidente francês não teria respondido quais mudanças foram essas. A conversa que Putin teve com o francês no domingo (20) também teria gerado uma confirmação, por parte de Macron, que a Ucrânia estaria pronta para aceitar um acordo de paz.