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porto velho, quinta-feira 30 de janeiro de 2025
Em uma nova entrevista publicada na terça-feira (29), o ex-presidente Donald Trump pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que divulgue qualquer informação prejudicial que tenha sobre a família Biden, em um pedido escancarado de assistência política doméstica do principal adversário dos Estados Unidos.
É o exemplo mais recente da disposição de Trump de solicitar e abraçar a ajuda política doméstica de potências estrangeiras – até mesmo de Putin, que atualmente comanda uma guerra sangrenta contra a Ucrânia.
Em entrevista ao JustTheNews, Trump fez uma alegação não comprovada sobre os negócios de Hunter Biden na Rússia e pediu a Putin que divulgasse qualquer informação que pudesse ter sobre a situação. Não está claro se existe algum material ou se o Kremlin tem acesso a ele.
“Acho que Putin saberia a resposta para isso”, disse Trump, referindo-se aos possíveis negócios de Hunter Biden na Rússia. “Acho que ele deveria liberar. Acho que devemos saber essa resposta.”
É verdade que Hunter Biden foi bem pago pelo trabalho de consultoria que fez em países estrangeiros, incluindo Ucrânia e China, enquanto seu pai – o presidente Joe Biden – era vice-presidente. O Departamento de Justiça tem uma investigação criminal em andamento sobre esses negócios e possíveis crimes financeiros.
Mas nenhuma evidência surgiu para apoiar as alegações de Trump de que os Bidens se envolveram em corrupção ou influenciaram a política dos EUA para ganho pessoal, e o presidente não foi implicado na investigação. Hunter Biden negou irregularidades e diz que será inocentado quando a investigação criminal terminar.
O apelo público de Trump a Putin remonta ao seu infame comentário de julho de 2016, no qual ele disse: “Rússia, se você estiver ouvindo”, e depois teria provocado Putin a hackear e-mails pessoais de Hillary Clinton. Foi o início de um esforço de um ano de Trump para aumentar suas perspectivas políticas com ajuda estrangeira.
Na semana passada, Trump entrou com uma ação contra Hillary Clinton e o Partido Democrata, acusando-os de criarem uma falsa ligação entre a campanha de Trump e a Rússia, desencadeando uma “investigação federal infundada” e um “frenesi da mídia”.
A campanha de Trump em 2016 também abraçou e capitalizou a operação de interferência eleitoral da Rússia contra Clinton. Por exemplo, a campanha regularmente reproduzia e-mails democratas que foram hackeados e vazados pelos militares russos, e membros do círculo íntimo de Trump também se encontraram durante a campanha com um agente russo que prometeu informações sobre Clinton.