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porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
MUNDO: Um total de 29 aviões de guerra chineses entraram na zona autodeclarada de identificação de defesa aérea de Taiwan (ADIZ) na terça-feira (21), de acordo com o Ministério de Defesa da ilha.
A pasta disse que os aviões da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China eram uma mistura de aeronaves de combate, de alerta e controle, de guerra eletrônica, antissubmarino e de reabastecimento aéreo.
Foi o terceiro maior número de jatos chineses entrando na zona de Taiwan em um único dia desde o início do ano e ocorre menos de um mês depois que a China enviou 30 aviões de guerra em uma missão semelhante.
Em resposta, os militares taiwaneses enviaram aeronaves de combate para alertar os jatos chineses, emitiram alertas de rádio e implantaram sistemas de mísseis de defesa aérea para monitorar as atividades, acrescentou o Ministério da Defesa.
Taiwan e China são governadas separadamente desde que os nacionalistas derrotados se retiraram para a ilha no final da guerra civil chinesa, há mais de 70 anos. Mas o Partido Comunista Chinês (PCC) vê a ilha como parte de seu território.
Pequim não descarta a possibilidade de força militar para tomar Taiwan e mantém a pressão sobre a ilha nos últimos anos com voos frequentes de aviões de guerra para a zona aérea da ilha.
A questão de Taiwan tem estado na vanguarda das relações entre China e Estados Unidos nos últimos meses.
As tensões entre Washington, que está comprometida em apoiar a autodefesa da ilha, e Pequim sobre Taiwan dominaram as manchetes no início deste mês, quando seus respectivos ministros da Defesa se reuniram na conferência de Shangri-La Dialogue em Cingapura.
Em discurso no evento, o enviado chinês, Wei Fenghe, acusou os EUA de serem um “valentão” na região e prometeu que o Exército chinês “lutaria até o fim” para impedir a independência de Taiwan.
Após a conferência, o Ministério das Relações Exteriores da China reafirmou declarações anteriores de que não considera o Estreito de Taiwan como “águas internacionais”.
Reiterando a posição de Pequim, um editorial do tablóide estatal chinês Global Times afirmou que todo o Estreito de Taiwan – o corpo de água de 180 quilômetros de largura entre Taiwan e China – está completamente sob a jurisdição de Pequim.
As ações de navios de guerra norte-americanos e estrangeiros que passam regularmente pelo estreito constituem provocações que violam a soberania chinesa, disse o Global Times.
A Marinha dos EUA vê a questão de maneira diferente, enviando regularmente navios de guerra pelo estreito, inclusive em 10 de maio, quando o cruzador de mísseis guiados USS Port Royal passou pela região.