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porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
A Suprema Corte reverteu a decisão conhecida como Roe vs Wade, nesta sexta-feira (24), sustentando que não há mais um direito constitucional federal ao aborto.
A opinião é a decisão mais consequente da Suprema Corte em décadas e transformará o cenário da saúde reprodutiva das mulheres nos Estados Unidos.
No futuro, os direitos ao aborto serão determinados pelos estados, a menos que o Congresso aja. Quase metade dos estados já aprovou ou aprovará leis que proíbem o aborto, enquanto outros promulgaram medidas estritas que regulam o procedimento.
“Roe estava flagrantemente errada desde o início”, escreveu o juiz Samuel Alito em sua opinião majoritária.
“A lógica foi excepcionalmente fraca, e a decisão teve consequências danosas. E longe de trazer uma solução nacional para a questão do aborto, Roe e Casey inflamaram o debate e aprofundaram a divisão”.
Caso
1971 – O caso foi aberto por Norma McCorvey, conhecida em documentos judiciais como Jane Roe, contra Henry Wade, promotor público do condado de Dallas, que impôs uma lei do Texas que proibia o aborto, exceto para salvar a vida de uma mulher.
22 de janeiro de 1973 – A Suprema Corte dos Estados Unidos, em uma decisão de 7 a 2, afirma a legalidade do direito da mulher de fazer um aborto de acordo com a Décima Quarta Emenda da Constituição.
O tribunal considerou que o direito de uma mulher ao aborto se enquadrava no direito à privacidade (reconhecido em Griswold v. Connecticut) protegido pela Décima Quarta Emenda. A decisão deu à mulher o direito ao aborto durante toda a gravidez e definiu diferentes níveis de interesse do Estado para regular o aborto no segundo e terceiro trimestres.
A decisão afetou leis em 46 estados.