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    porto velho, segunda-feira 23 de setembro de 2024

Secretário da Semed é ouvido na sede da Polícia Federal em Porto Velho


JOCENIR SANTANNA

Publicada em: 29/05/2018 08:52:59 - Atualizado

PORTO VELHO: O Secretário Municipal de Educação, Marcos Aurélio Marques está na sede da Polícia Federal em Porto Velho para sere ouvido no inquérito que apura desvios de recursos públicos e que desencadeou a Operação Ciranda, nesta terça-feira em Rondônia, Acre, Amazonas e Pernambuco.

O Secretário Municipal de Educação Marcos Aurélio Marques foi acordado em seu apartamento às 6 horas da manhã pelos agentes da Polícia Federal, que o levaram à Semed e em seguida para a PF. Outros diretores e servidores de departamentos foram conduzidos e alguns ainda estão sendo procurados.

A Operação Ciranda, realizada nesta terça-feira pela Polícia Federal e CGU cumpre 33 mandados de prisão, de busca e apreensão, de sequestro de bens e de bloqueio de valores em Rondônia, Acre, Amazonas e em Pernambuco. A ação visa desarticular esquema que, por meio de conluio e prática de preços abusivos, gerava enormes prejuízos à prefeitura da capital rondoniense nos contratos do transporte escolar fluvial.

As licitantes fazem parte de um mesmo grupo empresarial e participavam da licitação para a execução dos serviços de transporte escolar fluvial. Elas simulavam a concorrência perante a administração pública para a escolha da proposta mais vantajosa. A disputa era forjada, não havendo efetiva competição. Na parte de execução do contrato, a fiscalização preliminar da CGU identificou indícios de formação de cartel/conluio entre os concorrentes, a existência de sócios “laranjas”, superdimensionamento de combustível na planilha de composição de custos, armazenamento de combustível de forma irregular e em desacordo com as exigências da licitação.

Ainda, verificou-se que tais fatos concorreram para celebração de um contrato superfaturado e que, posteriormente, foi reajustado em desacordo com as suas próprias cláusulas. Em termos de valores, entre os anos de 2014 a 2018, os recursos envolvidos na contratação da empresa alcançam o montante de R$ 33,5 milhões, sendo apontado um superfaturamento dos preços do contrato de transporte fluvial da ordem de 426,76%, correspondendo a R$ 20 milhões.

Assim sendo, com base nas informações disponíveis elaboradas pela CGU, o DPF responsável pelo Inquérito e o Ministério Público Federal em Rondônia representaram e o Juiz Federal da 3ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Rondônia decretou o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, 10 de prisões temporárias, o sequestro de valores, veículos e imóveis. Os mandados estão cumpridos nos municípios de Manacapuru-AM, Porto Velho-RO, Rio Branco-AC e Recife-PE.


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