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    porto velho, quinta-feira 18 de setembro de 2025

PM acusado matar 2 e ferir outras 4 pessoas pode ser exonerado, diz corregedor

Cabo foi linchado por populares e está hospitalizado no Pronto Socorro João Paulo II


Publicada em: 08/01/2019 10:32:52 - Atualizado

PORTO VELHO RO - O cabo policial militar Josevânio da Silva Oliveira de 39 anos, suspeito de matar dois homens e ferir mais quatro pessoas a tiros no último fim de semana, em um bar de Porto Velho, pode ser exonerado do cargo. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (7) pelo corregedor da PM, coronel Alexandre Almeida.

O PM suspeito chegou a ser linchado por populares na madrugada do último domingo (6), dia do crime. Com as agressões, ele precisou ser encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, Zona Sul da capital, onde permanece internado.

Conforme a Corregedoria, o PM recebeu voz de prisão por homicídio e um processo administrativo demissório deve ser aberto para exonerar o autor dos disparos da corporação.

"Por estar armado e ter tido algum tipo de investida contra a pessoa dele, houve esses disparos que resultou no duplo homicídio e várias lesões corporais, além do próprio autor, supostamente nosso cabo", explicou o coronel Alexandre Almeida.

O corregedor disse também que a Polícia Militar irá aguardar os primeiros passos da Polícia Civil para verificar se houve a chamada falta residual – se o PM agiu de maneira contrária ao seu dever. "Vamos verificar a possibilidade de abertura ou não de um processo demissório", disse o corregedor.

"A conduta dele veio a ferir de maneira mortal a ética policial militar e o decoro da classe", ressaltou o coronel Almeida.

Linchamento

Segundo depoimento do cunhado do suspeito à polícia, após o crime, várias pessoas já estavam na UPA da Zona Leste esperando a chegada do PM para matá-lo.

Um dos agressores, que acabou preso, disse inclusive que "mataria qualquer um que ajudasse a socorrer o PM". Esse mesmo agressor reconheceu o militar como o autor dos disparos e o golpeou na cabeça com uma barra de ferro.

O cunhado do PM ressaltou em depoimento que tentou evitar que os envolvidos dessem início ao linchamento, dizendo que estava apenas ajudando um ser humano. Porém, os populares determinaram que ele abrisse a capota da caminhonete onde estava o suspeito do crime.

De acordo com a testemunha, os populares rasgaram a capota e começaram a agredir o PM. Os agressores só deixaram o local com a chegada da polícia. Ainda informou que funcionários da UPA Leste chegaram a negar socorro ao suspeito. Eles alegaram que estavam socorrendo as vítimas baleadas pelo próprio PM.

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Fonte: g1/ro


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