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    porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025

"Pelo menos 5 latrocínios foram com uso de arma caseira", diz delegado

Em entrevista coletiva, Marcelo Resem fez balanço sobre a Operação Arcabuz, deflagrada na manhã desta terça-feira


Rondonoticias

Publicada em: 03/09/2019 07:54:58 - Atualizado

PORTO VELHO RO - Com objetivo de cumprir 14 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão contra envolvidos no tráfico de entorpecentes e roubos à residência, e de fechar uma fábrica clandestina de armas de fogo na Zona Leste da Capital e no município de Candeias do Jamari, entre outras infrações, a Polícia Civil de Porto Velho deflagrou na manhã desta terça-feira (3), a Operação Arcabuz. A ação foi comandada pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DERF), com o apoio da DECCV, DERFRVA, DECONDE, DRACO, DENARC, CORE, 1ª DP, 2ª DP, 3ª DP, 5ª DP e 8ª DP. 

Em entrevista coletiva concedida no final da manhã de hoje, o delegado Marcelo Resem, responsável pela investigação, relatou que na Operação, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão domiciliar e apreendidas armas de fabricação caseira, que segundo a Polícia, tem sido crescente na capital do estado. 

"O uso de armas de fabricação caseira tem sido frequente em vários crimes na capital. Pelo menos cinco latrocínios foram realizados este ano com uso de arma caseira", salientou o delegado.

De acordo com ele, após 60 dias de investigações visando desarticular a organização criminosa, os policiais civis da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio conseguiram identificar os membros da Organização Criminosa, sendo eles: Maicon J. L. S. que comandava a organização criminosa de dentro do Presídio Urso Branco; Andeilson B. S.; Júlio C.P.S.; Gabriel S. S.; Gealison B.A.; Thays S. F. responsável por guardar armas, drogas e por toda a logística; e Daniel B.S.

Também segundo Marcelo Resem foram identificados: Antônio F. S. e Henrique F.S., que não fazem parte da Organização Criminosa, mas mantinham uma fábrica de armas artesanais na Zona Leste de Porto Velho, onde confeccionavam armas de diversos tipos: garrunchas, revólveres, espingardas, entre outras e vendiam para os membros da citada Organização Criminosa, bem como para outras facções criminosas. 

Foragidos

Durante as diligências da manhã desta terça, o delegado ressaltou que os policiais ainda cumpriram um mandado de prisão preventiva expedido em desfavor de Hecton C.S., que teria participado de um roubo à residência praticado pelos membros da Organização Criminosa.

Ainda conforme Marcelo Resem, apenas dois mandados de prisão preventiva não foram cumpridos na manhã de hoje, os expedidos em desfavor de Andeilson B. S e Gabriel S. S. Os dois são considerados foragidos da Justiça. "A Polícia orienta que, caso haja vítimas ou pessoas que reconheçam os suspeitos em outras infrações penais, podem devem procurar imediatamente a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio e fazer a denúncia anonimamente", orientou.

O nome da operação (Arcabuz) se refere a uma antiga espécie de arma de fogo fabricada de forma artesanal nos séculos XV ao XVII, em alusão às armas artesanais que eram utilizadas pela Organização Criminosa nos crimes praticados e fabricada pelos investigados Antônio F. S. e Henrique F.S na zona leste da Capital. 



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