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    porto velho, domingo 7 de setembro de 2025

Levantamento aponta que em três anos Rondônia teve mais 7 mil roubos de celulares

Explosão no número de roubos de celulares aquece mercado do crime


rondonoticias

Publicada em: 26/05/2022 08:19:30 - Atualizado


RONDÔNIA -Em três anos Rondônia teve 7.439 roubos de celulares. É o que aponta o levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Defesa e Cidadania (Sesdec). Somente nesse primeiro quadrimestre de 2022 o mapeamento indicou 974 casos. Em 2020 foram 3.582, já em 2021 a quantidade foi 2883.

Quanto aos casos de furtos, foram registrados nas Unidades Integradas de Segurança Pública (Unisp’s),619 casos em 2022, outros 1808 em 2020 e 1572 em 2021 totalizando 3.999 aparelhos subtraídos.

A volta do trabalho, no início da noite, é o momento em que mais se ocorre o risco de ter o celular levado por criminosos em Rondônia. O perigo é ainda maior para quem vive em barros periféricos aonde lideram esse tipo de crime Se pensarmos na quantidade de pessoas que são roubadas e furtadas e não prestam queixa esse número será ainda maior.

De acordo com o delegado do 3º DP, Osmar casa, das 854 ocorrências instauradas na delegacia, em 71 delas a subtração de celular se faz presente. Ao traçar um perfil da vítima, ele revela que a bandidagem não tem preferência, mas o que é observado são as vantagens. Portanto tudo vai depender diretamente das condições do infrator.

“Se o criminoso está só, ele vai preferir enfrentar uma mulher, porque em tese ele vai conseguir se impor. Mas se ele estiver em dois ou três, eles podem atacar uma vítima homem porque vão tentar dominar dessa forma. Mas naturalmente que é mais vulnerável, sempre tem mais chance de ser vítima. O infrator quer facilidade”.

O delegado explica que em casos de roubo, a vítima deve acionar a Polícia Militar imediatamente, para que ela faça diligências na tentativa de recuperar o objeto. Outra medida a ser tomada posteriormente, é o comparecimento na delegacia com o número de série do aparelho, para complementar a ocorrência policial. Já no caso de furtos, o registro deve ser diretamente realizado nas delegacias

“O número do IMEI é fundamental para diferenciar dos demais aparelhos celulares, ele vem descrito na nota fiscal, no próprio celular e na caixa do aparelho. Sem esses dados, se torna difícil uma investigação”.

Na mão da bandidagem

Indagado se a bandidagem recorre a mercados paralelos e informais para revender os produtos afanados e conseguir assim o seu “lucro”. O delegado menciona que encontrar sites de venda local de celulares é bem comum e que a compra de objetos de segunda mão é bem atrativa e já faz parte da rotina dos brasileiros.

“A compra e venda de objetos usados tem que ser realizada com muita cautela para que a pessoa não venha a ser prejudicada. Deve-se pesquisar, se há alguma restrição do aparelho”, alertou.

Previna-se

Não espere perder o aparelho para começar a pensar na segurança dele. Quanto mais bem protegidas suas informações estiverem hoje, melhor para você no futuro.

1) Faça backups constantes

Além da preocupação com segurança de informação, ter um celular roubado, furtado ou perdido também traz a questão de perder memórias importantes, como fotos e conversas. Garanta que seu smartphone faz backups periódicos no iCloud ou Google Drive. Você também pode ativar o backup de e-mails e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

2) Não deixe suas senhas salvas

Apesar da praticidade, deixar sites, redes sociais e e-mails com preenchimento automático de senhas pode ser um problema quando o celular cai em mãos erradas. Para garantir a segurança de seus dados, é preferível digitar a senha toda vez que for entrar em um aplicativo. Também não é recomendável anotar senhas em blocos de notas, nem compartilhar com outras pessoas através de e-mails ou conversas de aplicativos de mensagens.

3) Use verificação em 2 etapas

Habilite esse recurso sempre que possível. Ele cria mais uma barreira de proteção para os dados, pois permite que as informações sejam acessadas apenas por quem tem acesso ao dispositivo (algo que você possui, mas pode perder) e conhecimento da senha (algo que só você sabe).

4) Faça uma limpa nas suas fotos

Não armazene fotos de documentos no celular. Esses registros podem ter dados sensíveis (que muitas vezes são usados como senhas), como data de nascimento e nome dos pais, além de dados pessoais, como RG e CPF. Caso precise compartilhar esse tipo de arquivo, lembre-se de apagar depois.

5) Desabilite notificações na tela bloqueada

Caso o seu celular esteja bloqueado no momento do furto ou roubo, o criminoso pode ter acesso às suas conversas e notificações privadas na tela do celular. Além disso, ao permitir a visualização de SMS na tela bloqueada, fraudadores podem receber códigos de verificação para alterar sua senha em sites e redes sociais.

6) Deixe o serviço de geolocalização habilitado

Isso facilita a busca do seu aparelho, caso você não saiba onde ele está, ou bloqueio em casos de furto e roubo. Alguns aplicativos, como os de transporte, perguntam se você deseja habilitar a geolocalização. Mas, além disso, é importante se certificar de que a geolocalização do smartphone está sempre ativa.

E depois?

Mesmo que você tome todos os cuidados, seu aparelho ainda pode cair em mãos erradas. Há algumas medidas que podem ajudar contra prejuízos financeiros.

7) Notifique seu banco

Se você usa aplicativos de banco em seu smartphone, esse é o primeiro passo para proteger suas contas e evitar danos financeiros maiores. Entre em contato com as centrais de atendimentos das instituições financeiras que você usa para bloquear o uso da conta pelo aplicativo e as transações com cartões.

8) Apague os dados do aparelho

É possível apagar os dados do seu smartphone remotamente via iCloud ou Google. Isso impede que terceiros tenham acesso a redes sociais, e-mail, aplicativos de mensagens, senhas e fotos, além de apagar apps bancários, de e-commerce e delivery, impedindo que o criminoso faça fraudes. Não se preocupe, você consegue recuperar essas informações em um novo aparelho, basta deixar o backup em dia.

9) Avise operadora de celular e solicite o bloqueio da linha

Essa medida impede que criminosos usem seu aparelho para fazer ligações para contatos da sua agenda e usem seu plano de dados para acessar a internet e aplicativos. A operadora também pode bloquear o IMEI, o número de identificação do seu aparelho, impedindo que ele seja utilizado pelo criminoso.

10) Faça um B.O. para se proteger judicialmente

O boletim de ocorrência (B.O.) – que pode ser feito na delegacia mais próxima ou online, no site da Polícia Civil de cada estado – é fundamental para contestar ações de terceiros usando seus dados e serve para que a polícia possa investigar o delito.


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