PORTO VELHO-RO: A polêmica nacional envolvendo o projeto do deputado estadual Delegado Lucas Torres (PP) concedendo ao primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o título de cidadão rondoniense pode ter desdobramentos onerosos aos cofres públicos de Rondônia.

Essa honraria por “relevantes serviços prestados à Rondônia” seria entregue em mãos à Netanyahu no estado de Israel. Isso porque na mesma sessão em que o título foi aprovado, Lucas Torres também se tornou o presidente da Frente Parlamentar de Cooperação Brasil-Israel da ALE/RO.

Ou seja, a criação dessa frente foi aprovada junto com a concessão do título. Entre os pontos instituídos nessa frente está o “intercambio da experiência parlamentar entre a ALE/RO e o parlamento de Israel”, indicando possíveis viagens dos membros que integram essa frente ao território israelense.

É claro que tudo seria custeado com dinheiro público, além do pagamento de gordas diárias internacionais que Lucas Torres receberia para intercambiar experiências com Israel e aproveitar o momento para entregar o título de cidadão rondoniense à Netanyahu.

Isso ainda pode acontecer, já que mesmo afirmando que iria buscar uma forma de anular a homenagem, a concessão da cidadania rondoniense ao primeiro ministro de Israel foi publicada no Diário Oficial e registrado no sistema de sessões plenárias da ALE/RO.

Netanyahu segue sendo cidadão rondoniense, e a frente criada e presidida por Lucas Torres tem plenos poderes para entregar o título em mãos ao primeiro ministro.