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“Estamos lá para desagradar mesmo”, diz Barroso sobre decisões do Supremo Tribunal Federal

Presidente do Supremo Tribunal Federal diz que a Corte não deve ser aferida por pesquisas de opinião pública


Redação

Publicada em: 26/10/2023 15:46:17 - Atualizado


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (26) que pesquisas de opinião pública não são confiáveis para medir a importância do Tribunal. Segundo o ministro, é inevitável que as decisões da Corte desagradem.

“Se você está decidindo as questões mais divisivas da sociedade brasileira , alguém sempre fica em desagrado. Se você está decidindo sobre uma questão de agricultores e comunidades indígenas, algum lado fica chateado. Ou, alguma questão que envolve agronegócio e meio ambiente, algum lado vai sair chateado. E são lados que vocalizam sua insatisfação”, disse.

Para o ministro, o Supremo não é parte do problema, mas sim parte da solução. “É preciso que a gente não se assuste com a assombração errada”, finalizou Barroso.

Semipresidencialismo no Brasil

O presidente do STF também voltou a defender o semipresidencialismo para o Brasil. Nesse sistema de governo, o presidente da República atua como chefe de Estado e compartilha o poder com um primeiro-ministro, que tem a função de chefe de governo.

“O poder é compartilhado pelo presidente da República com o primeiro-ministro, um pouco o modelo que se adotou também em Portugal. Um modelo que eu mesmo defendo como uma alternativa para o Brasil, porque me parece que tem algumas virtudes de estabilidade institucional”, explicou Barroso.

O modelo também já foi defendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Em 2022, um grupo de trabalho da Casa foi criado para construir uma proposta de implementar o semipresidencialismo no Brasil. O relatório foi aprovado, mas o texto está parado na Câmara. Caso aprovado no Congresso, o modelo terá vigência apenas em 2030.



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