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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Governo avalia formas para entrega da reforma tributária ao Congresso Nacional

Líder da gestão Lula na Câmara dos Deputados confirmou envio do texto aos parlamentares para esta quarta-feira (24)


R7

Publicada em: 24/04/2024 11:30:34 - Atualizado

BRASIL: O governo federal ainda define nesta quarta-feira (24) a forma para entrega da regulamentação da reforma tributária. Integrantes da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva avaliam duas possibilidades, sendo uma a realização de um ato no Palácio do Planalto, devido à representatividade da matéria, e outra sendo o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levando o texto pessoalmente ao Congresso Nacional.

Fontes relataram à reportagem que o tema ainda está indefinido. Na última terça-feira (23), o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, afirmou que a entrega seria realizada nesta quarta-feira (24), sendo dois projetos amplos sobre o tema. De acordo com o parlamentar, será feito um esforço para que as propostas sejam votadas até o dia 30 de junho.

Haddad, por sua vez, disse que seria enviado um dos dois projetos de lei planejados para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. O ministro da Fazenda estimou que o texto será encaminhado hoje, enquanto a matéria complementar, que trata do comitê gestor e questões administrativas do novo regime, será enviado na próxima semana.

Segundo o ministro, o prazo foi estabelecido em atendimento a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Haddad lamentou não ter conseguido enviar o projeto na semana anterior devido ao compromisso do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. O titular expressou ainda confiança na aprovação da reforma ainda neste ano.

Em relação à relatoria do texto, Haddad indicou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve designar o senador Eduardo Braga, que desempenhou o papel de relator da proposta de emenda à Constituição. Lula afirmou que o governo espera que o relator seja o mesmo.

Ainda segundo Lula, o parlamentar que já ocupou a relatoria já estaria familiarizado com o tema, já que participou das discussões no Legislativo. “Longe de mim querer indicar um relator para cuidar da polícia tributária, é o papel do presidente da Câmara e dos deputados. Eu só gostaria que as pessoas considerassem isso, é que quem já foi relator do projeto principal está muito familiarizado, já fez negociação, já conversou com os outros partidos políticos, já conversou com as lideranças, e poderia facilitar a tramitação da regulamentação.”

Relembre

A proposta foi aprovada na Câmara após mais de 30 anos de discussão no Parlamento, e cria um Imposto de Valor Agregado (IVA), que evita que os impostos sejam tributados várias vezes ao longo da cadeia de produção. A promulgação ocorrerá em uma sessão solene, com a presença de deputados e senadores.

O Congresso optou pelo IVA dual, ou seja, o imposto será dividido em duas partes: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS (estadual) e o ISS (municipal); e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá os impostos federais PIS/Pasep, Cofins e IPI. Além disso, também será criado o Imposto Seletivo (IS), que terá cobrança federal e que visa desestimular a comercialização de produtos e serviços que prejudicam a saúde e o meio ambiente.

As novas alíquotas serão implementadas totalmente apenas em 2033, no entanto, o governo calcula que a alíquota deva ficar entre 25% e 27,5%. Se esse cenário se confirmar, o Brasil terá uma das maiores alíquotas do imposto de valor agregado do mundo. Atualmente, a média das alíquotas praticadas por países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 19,2%.


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