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    porto velho, segunda-feira 8 de julho de 2024

Sem citar Bolsonaro, Lula diz que país foi governado ‘por gente com pouca massa encefálica’

Presidente falou ainda que ex-chefe do Executivo é ‘irresponsável’ e que ‘brincou com a saúde do povo brasileiro’


R7

Publicada em: 04/07/2024 11:49:40 - Atualizado

BRASIL: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou, nesta quinta-feira (4), citar o nome de Jair Bolsonaro, mas afirmou que o Brasil foi administrado por pessoas que possuíam “pouca massa encefálica na cabeça”. Em outro momento, disse que o ex-presidente é “irresponsável e brincou com a saúde do povo brasileiro”. A reportagem busca contato com Bolsonaro, e o espaço está aberto para manifestação.

“O problema desse país é que, muitas vezes, foi governado por gente que tinha pouca massa encefálica na cabeça e não pensava corretamente sobre o futuro desse país”, afirmou Lula. Em outro momento de seu discurso, o presidente falou que passamos por um “longo e tenebroso inverno” e que, na época da pandemia de Covid-19, o governante brasileiro era “irresponsável e brincou com a saúde do povo”.

Recentemente, Bolsonaro criticou Lula. “Um indivíduo dominado pelo ódio, pela mentira e pela traição. Desejamos a ele, como ser humano, que melhore o mais rápido possível para o bem do Brasil. Enquanto isso a picanha que virou abóbora agora se transformou em pé de galinha”, disse o ex-presidente nas redes sociais.

As declarações foram dadas por Lula em Salto, no interior de São Paulo. Na ocasião, o governo entregou 280 ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para 248 municípios de 24 estados. As unidades vão substituir veículos que possuíam sete anos de uso. O serviço pode ser acessado pelo número “192″, que oferece orientações à população e envia veículos compostos por equipes especializadas.

“Nós tomamos a decisão de que o Estado brasileiro tem que assumir a responsabilidade de cuidar do seu povo. E é por isso que criamos o SAMU, para dar conforto, a ideia de responsabilidade e de compromisso. Ninguém pode morrer por falta de assistência, pode morrer por que demorou muito para tirar a pessoa que estava ferida numa estrada, ninguém pode morrer porque não aparece uma ambulância”, destacou o presidente.

Em 2023, o Ministério da Saúde ampliou em 30% os valores repassados para custeio do SAMU, o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano. “Com o reajuste, o total destinado ao serviço passou de R$1,3 bilhão para R$1,7 bilhão. O aumento minimizou a sobrecarga nos municípios, uma forma de incentivar a universalização do serviço, que desde 2013 não recebiam atualização nos valores de custeio”, diz a pasta em nota.

Na sequência, o presidente vai seguir até Campinas, onde, à tarde, lança a pedra fundamental do Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, com investimento de R$ 1 bilhão até 2026. O projeto compreende também instalações de alta e máxima contenção biológica, até então inéditas na América Latina. “Serão as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. O lançamento visa reforçar a base produtiva nacional em saúde e o enfrentamento de eventuais epidemias”, diz o governo.



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