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Quebra-quebra: Grampos clandestinos podem ter sido decisivos na convenção do MDB


Publicada em: 01/08/2018 10:22:08 - Atualizado

RONDÔNIA: A aceitação pelo MDB ao nome do ex-governador Confúcio Moura como segundo candidato ao senado pelo partido, não se limitou ao show de horrores, quebra-quebra e pancadaria no dia da convenção.

Informações de bastidores dão conta de que grampos clandestinos que teriam sido gravados por um assessor militar de alto coturno no então governo do emedebista, foi de vital importância para a confirmação de Confúcio como candidato ao senado.

O jornalista Robson Oliveira escreveu na sua coluna, que na noite anterior ao evento (Convenção do MDB), Confúcio teria invadido o restaurante do Hotel Rondon, onde Valdir Raupp jantava com Tomás Correia e demais membros da cúpula emedebista e, com o dedo em riste, totalmente transtornado por estar sendo preterido na disputa, teria feito sérias ameaças a Raupp e Tomás Correia, dizendo estar disposto a explodir os “dinamites” que tinha em mãos para garantir a vaga na disputa

Confúcio Moura foi um dos primeiros a chegar na sede do partido no sábado, 28, pela manhã, disposto a tudo ou nada. Depois de ver correligionários que defendiam seu nome com cartazes e faixas serem expulsos de dentro do auditório na sede do partido, Moura teria partido para cima de Tomás Correia e Valdir Raupp novamente, dando ultimato e ameaçando divulgar gravações comprometedoras da dupla e de outros convencionais contrários à sua pretensão.

As supostas gravações clandestinas teriam sido feitas durante reuniões no Palácio Rio Madeira, bem como, em escutas telefônicas clandestinas, com o aparelho chamado guardião que estava de posse de um dos órgãos do governo Confúcio. Como não foram divulgadas, ninguém além dos envolvidos sabe o conteúdo, mais fala-se de traições conjugais, recebimento de propina, tráfico de influência, dentre outros supostos crimes que teriam sido cometidos por convencionais e cardeais da legenda. O tapa na cara desferido por Tomás Correia no "pé do ouvido" de Emerson Castro teria sido provocado pela pressão feita por Confúcio, que desestabilizaram o tranqüilo presidente emedebista.

Consta ainda, que o suposto aparelho (guardião) que gravava clandestinamente todo mundo, meses antes de Confúcio deixar o poder, teria sido levado para sede da Polícia Federal, juntamente com seu gestor-gravador. Este fato, segundo se sabe até então, estava sob o mais absoluto sigilo, até que a baixaria viesse à tona.

PASSOU BATIDO

O tapa desferido no "pé do ouvido", dado por Tomás Correia em Emerson Castro, escondeu um fato também preponderante para a passagem de Confúcio, pelos convencionais à disputa do cargo de senador. A servidora Vilma Alves, ex-secretária da Secretaria de Ação Social, tomou o microfone da marra das mãos do secretário geral da legenda emedebista e impediu que a convenção continuasse. Emerson Castro que estava ao lado, conforme mostra a foto e vídeo gravados, não fez para impedir a bagunceira de continuar o seu intento.

Mandado de segurança

Antes da conturbada convenção ocorrida no último sábado (28), o ex-governador Confúcio Moura impetrou mandado de segurança com pedido de liminar contra o presidente em exercício da Comissão Executiva do MDB, Tomás Correia, suplente do senador Valdir Raupp.

Moura alegou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RO) que o “direito líquido e certo de ter seu nome escolhido na convenção como candidato ao cargo de senador pelo MDB estava na iminência de ser violado pela autorida apontada como coatora [Correia], (pois) pretendia aprovar, naquela ocasião, apenas um candidato, o atual senador Valdir Raupp, do qual é suplente”.

Entretanto, após o evento político o emedebista requereu a desistência do feito, pela perda superveniente do objeto, porquanto a tese debatida no mandado de segurança “foi confirmada com a homologação das candidaturas de Maurão de Carvalho, governador, e Valdir Raupp e Confúcio Moura, senadores”.


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