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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
PORTO VELHO – O diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, presidido pela Senadora Gleisi Hoffmann oficiou o diretório regional do partido em Rondônia que não aceita, em hipótese alguma, que a legenda integre a coligação liderada pelo Senador Acir Gurgacz (PDT/PSB/PSDC/PP/PR/Solidariedade) e que Fátima Cleide deverá ser a candidata do partido ao Senado da República. O não cumprimento da determinação, segundo Gleisi, seria motivo para intervenção no diretório estadual e destituição da executiva, que hoje é comandada pelo deputado estadual e candidato à reeleição, Lazinho da Fetagro. O partido tem até o fim da tarde de hoje para definir alianças que possam garantir candidaturas, ou confirmar candidatura própria ao governo.
Na semana passada, após reunião do PT em Rondônia onde se decidiu pela possibilidade de aliança com o PDT, coligação que já possui dois candidatos ao senado, eliminando portanto, qualquer possibilidade de lançar Fátima candidatura, a ex-senadora Fátima Cleide, praticamente rifada pela própria legenda, socorreu-se à Executiva Nacional e, por duas vezes, saiu vitoriosa em relação aos pleitos apresentados.
No dia 04 de agosto, a presidente da sigla Gleisi Hoffmann baixou resolução sobre tática eleitoral em Rondônia determinando “a aliança com o bloco de esquerda, formado por PCdoB e PSOL, garantindo a candidatura ao Senado pelo PT”.
O deputado estadual Lazinho da Fetagro, presidente regional dos petistas, apresentou recurso contra a determinação buscando a manutenção do posicionamento que previa união com pedetistas e aliados; porém, a pretensão foi rejeitada novamente rejeitada, por Gleisi Hoffmann, que subiu o tom da conversa, dizendo que o PT tem comando nacional e quem o desrespeitasse estaria propenso a punições. O documento rechaçando a intenção de Lazinho foi assinado pela secretária nacional de Organização, Gleide Andrade.
Preterido na coligação com o PCdoB, ao Partido dos Trabalhadores resta apenas a candidatura do apresentador Paulo Benito ao Governo do Estado, para poder dar palanque ao candidato do partido à presidência da República. Sem uma coligação forte e com poucos candidatos a Deputado Estadual e Deputado Federal, vai ficar difícil o PT conseguir a meta de eleger um estadual e um federal. Se não conseguir reverter a situação ou conseguir uma boa coligação, Lazinho da Fetagro pode estar encerrando a sua carreira de deputado estadual, embora tenha feito um bom trabalho no legislativo. No mesmo sentido, cairá por terra a pretensão do ex-padre Ton de retornar ao congresso nacional, depois que sacrificou a sua candidatura à reeleição em 2014 para ser candidato ao governo do estado.