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porto velho, terça-feira 22 de julho de 2025
BRASIL: Deputados de oposição criticaram a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de proibir votações na Casa durante o recesso parlamentar.
A avaliação de parlamentares, reforçada nesta terça-feira (22), é de que o movimento “impede de manifestar” a opinião. A intenção era aprovar moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dois colegiados, de Segurança e Relações Exteriores.
As posições de parlamentares se voltaram a decisão de Motta divulgada nesta manhã, mas ignoraram divulgação feita pelo presidente da Câmara há quatro dias.
Na sexta-feira (18), pouco após o anúncio das reuniões, Motta divulgou comunicado afirmando que não haveria fim do recesso, que a Câmara estaria em reforma e que, por isso, seria necessário o cumprimento do calendário da Casa.
Apesar do aviso, aliados de Bolsonaro insistiram nas votações e convocaram deputados para ir a Brasília. O presidente da Comissão de Segurança, Paulo Bilynskyj (PL-SP), defendeu que havia apoio suficiente para abrir a sessão do grupo que comanda.
“Após o quórum, meia hora antes após o início da reunião, nós recebemos a determinação do presidente Hugo Motta para que não houvesse a realização de reuniões das comissões. Nosso objetivo é deixar claro que a oposição não vai se calar, oposição não vai deixar de trabalhar a favor do Brasil”, afirmou o deputado.
O grupo de oposicionistas também anunciou que a pauta com moções, voltada a prestar apoio a Bolsonaro, será retomada na primeira semana após o recesso parlamentar. Deputados indicaram descontentamento com a decisão e reafirmaram que seguirão nos gabinetes na Câmara e com reuniões do partido até o fim do recesso.