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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO - RO - Representantes do Diretório Estadual do Partido Social Liberal, (PSL), convocaram a imprensa na tarde desta sexta-feira (12), para fazer esclarecimentos sobre o andamento das campanhas dos candidatos ao Governo do Estado, Marcos Rocha, e à Presidência Jair Bolsonaro, ambos disputando o segundo turno das eleições.
De acordo com os caciques do partido, o PSL, apesar de muito assediado, não fechou acordo com nenhuma legenda na corrida eleitoral do 2º turno em Rondônia.
Ao fazer uso da palavra Jaime Bagatolli, que por pouco não conquistou uma vaga de senador da república, disse: “Eu, que fui candidato a senador da República, o deputado federal (eleito) coronel Chrisóstomo, e o deputado estadual (eleito) sargento Eydher Brasil, somos coordenadores da campanha do candidato à presidente da República Jair Messias Bolsonaro e, também, do candidato a governador, coronel Marcos Rocha”, esclareceu.
O secretário geral do Partido no estado João Cipriano, referendou que a coordenação geral da campanha é, “neste segundo turno, atribuída aos nossos líderes que foram eleitos. Respeitando as lideranças de outros partidos, que são até bem-vindas, mas não estão autorizadas a falar que são coordenadores. Podem até ser apoiadores, mas a coordenação é por conta dos líderes”, asseverou.
Sobre o assunto, os dirigentes disseram ainda que acionaram na Justiça o senador eleito Marcos Rogério-DEM por ter usado indevidamente as imagens de Bolsonaro em seu favor.
Em relação á manifestação do candidato tucano ao Governo do Estado Expedito Júnior que declarou apoio a Bolsonaro, rechaçaram: “A ação é para que o uso da imagem do PSL não seja vinculada a Campanha do Expedito Júnior. Ele até pode pedir voto para o nosso candidato à Presidência, mas tentar induzir o eleitor rondoniense de que ele é candidato do PSL isso configura no mínimo um desrespeito eleitoral".
João Cipriano finalizou dizendo: "Eles não estão preocupados em eleger o Bolsonaro, e sim em transferir a imagem limpa do PSL para a candidatura deles. Se eles quisessem, não precisariam fazer esse fake News dizendo que são coordenadores de campanha".
Na Coletiva, Elias Rezende, coordenador geral da campanha de Marcos Rocha, complementou que a Coligação do candidato adversário sequer entrou em contato com o Diretório Estadual do PSL para fazer qualquer comunicado de apoio ou colaboração. "Só querem mesmo é fazer esse roubo da imagem, da marca do 17 em favor do candidato deles”, afirmou.
Nos questionamentos dos jornalistas, a entrevista Coletiva esquentou ainda mais. O advogado e jornalista Arimar de Sá perguntou sobre a recente declaração prestada pelo senador eleito Marcos Rogério (DEM) de que seria o coordenador da campanha de Jair Bolsonaro em Rondônia. Com veemência, coronel Chrisóstomo deputado eleito, retrucou: “Marcos Rogério não é do PSL. Quem fala pelo nosso candidato é o PSL. Portanto, nenhuma outra autoridade, pode até falar, mas não tem validade para os nossos candidatos e nem para o PSL. Nós estamos assumindo a coordenação e se ele falar que é coordenador é mentira”.
O secretário-geral do PSL João Cipriano acrescentou: “Ele está querendo fazer um aproveitamento para tentar criar dividendos políticos para o candidato dele. Toda e qualquer manifestação é bem-vinda, não vamos criar guerra por isso. Jamais o nosso candidato iria falar que a coordenação de sua campanha seria feita pelo adversário”.
Outro questionamento feito pelos jornalistas foi em relação ao poder de mando do senador eleito Confúcio Moura-MDB por este ter ascensão ao candidato do PSL em vista de ele ter sido secretário de Justiça em seu Governo. Todos negaram com veemência qualquer interferência. “O PSL não fechou acordos e alianças políticas com ninguém. Não temos nenhuma tratativa com partidos políticos ou candidatos eleitos. Nossa força é Deus e depois o povo que nos colocou no segundo turno. O Marcos Rocha é homem ficha limpa e nós estamos sendo atacados com uma mentira. Estão colocando secretários para o Governo do Marcos Rocha, pessoas que sequer conversaram conosco, estão fazendo montagens com fotos”, disse o coordenador de campanha.
“O fato dele ter sido secretário do governo Confúcio não tem nada a ver. Eu também fui secretário de obras do atual prefeito de Porto Velho e não tenho vínculo nenhum com o PSDB”, garantiu o coronel Chrisóstomo.
Em seguida, o deputado eleito pelo PSL, Eyder Brasil reforçou o que havia dito no Programa Rondônia em Debate da TV Gazeta em entrevista concedida nesta quinta-feira (11). "Se outro partido estiver mandando no PSL, será oposição da Assembleia Legislativa", e complementou. "Tragam essa comprovação, essa prova de que o governador Marcos Rocha está recebendo apoio externo que não sejam no PSL que eu saio do partido e vou ser oposição a ele na ALE. Contudo, aqui está o coordenador de campanha do nosso candidato a governador e ele me deu autonomia para fazer articulação política aqui no Estado. Tenho falado todos os dias com prefeitos, vereadores, com deputados estaduais eleitos e não eleitos que querem vir apoiar o nosso governador e a palavra é uma só: não vamos fatiar o governo, não vamos fazer conchavos políticos. Assim como o PSL não coligou no primeiro turno, não vai coligar com nenhuma outra sigla agora”.
Sobre uma possível composição do secretariado, o coordenador da campanha de Rocha afirmou: “Não existe nenhum nome na lista do coronel Marcos Rocha. Estamos trabalhando com humildade, com pé no chão. Não estamos criando fakes news para jogar o povo contra o outro candidato. Não tem nenhum acerto com ninguém. O coronel não está preocupado com nomes ainda. Nosso objetivo é que o eleitor conheça as propostas do plano de Governo e eleja nosso candidato, depois pensaremos na composição dos nomes que comporão o primeiro escalão”.