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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
Só 12% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) e 15% dos de Fernando Haddad (PT) citam o conjunto de propostas dos candidatos para decidir seu voto, segundo levantamento do Datafolha.
ores parcelas, nos dois casos, se sentem motivadas pela rejeição ao outro -especialmente pronunciada na faixa que recebe mais de dez salários mínimos- e, no caso do capitão reformado, pelo desejo de mudança.
A pesquisa, conduzida nos dias 17 e 18 de outubro com 9.137 pessoas em 341 municípios, mostra que o desejo de mudança move 30% dos eleitores de Bolsonaro -a proporção é a mesma entre homens e mulheres e cresce quanto maior a faixa etária e menor o nível de renda.
O deputado fluminense tem, segundo a pesquisa, 59% dos votos válidos, contra 41% de Haddad. A margem de erro é de dois pontos percentuais em ambas as direções.
O antipetismo é mais forte no Sul (32%), e o antibolsonarismo, no Sudeste (24%, chegando a 31% no Rio de
Diferentemente do desejo de mudança, a oposição ao PT sobressai nas faixas mais ricas, na qual a preferência por Bolsonaro é também mais pronunciada: citado por apenas 18% daqueles que ganham até dois salários mínimos, o antipetismo aparece nas respostas de 38% dos que ganham mais de dez salários mínimos.
A proposta para segurança é a terceira razão mais citada para o voto no peesselista, mencionada por 18% de seus eleitores e ligeiramente mais lembrada pelos homens (18% a 15%). Já os valores pessoais defendidos pelo candidato motivam 13% de seus eleitores (vão a 17% entre os evangélicos), e o combate à corrupção, 10%, sendo mais mencionado por homens (12% a 7%).
A opção por Haddad, por sua vez, é explicada pela rejeição a Bolsonaro por 20% de seus eleitores -18% dos homens e 22% das mulheres. Como no caso do antipetismo, o antibolsonarismo também cresce entre os mais ricos: a oposição ao capitão foi citada por 17% dos eleitores de Haddad que ganham até dois salários mínimos, mas por 30% dos que ganham mais de dez.