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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
RONDÔNIA - Em Assembleia ocorrida nessa quinta-feira (7) os prefeitos de Rondônia
concluíram a definição da pauta prioritária de melhorais aos municípios,
no ano de 2019. Organizados pela Associação
Rondoniense de Municípios, os gestores locais decidiram concentrar
forças para desenvolver a infraestrutura e traçaram medidas estratégicas
de forte mobilização institucional dos poderes pela implantação de um
programa de investimentos no setor.
Respaldados
de estudos técnicos, os administradores conheceram o projeto
recém-elaborado pela AROM, denominado Programa Estadual de
Desenvolvimento da Infraestrutura nos Municípios (PEDIM).
O esboço da iniciativa apresenta uma abundante fonte de recursos a ser
utilizada pelo Estado de Rondônia, sendo que esta receita, que poderá
vir das atividades de exportação não tributadas, deverá ser empregada em
obras nas cidades a serem executadas pelos
prefeitos.
O
presidente da AROM, Claudio Santos, explicou aos colegas que a entidade
constatou a ocorrência de uma injustiça fiscal que prejudica o povo de
rondoniense, principalmente empreendedores
do campo e da cidade, que com suas empresas pequenas ou grandes
empregam, aquecem a economia, mas pagam altos impostos para se manterem
funcionando, enquanto que a atividade de exportação, no estado, lucra
bilhões sem pagar nenhum tributo.
A
associação municipalista alerta que a alta e disparada produção de
comódites, ou seja, o abastecimento do mercado internacional com
produtos primários como a soja, o milho, a carne e a
madeira, leva o estado de Rondônia ao risco de decretar falência
financeira, tal como fez, recentemente, o estado vizinho de Mato Grosso.
Segundo a instituição, ao contrário do que todos pensam, a exportação
do gado e da soja não deixa nenhum centavo para
os municípios, pois essa comercialização é isentada de pagar ICMS pela
Lei Kandir, em vigor há mais de 20 anos, enquanto que os próprios
produtores são penalizados.
A
AROM destaca que dos mais de 2,4 bilhões de dólares em produtos
exportados de Rondônia, cerca de R$ 800 milhões, por ano, deixam de ser
arrecadados pela fazenda estadual. Esse cenário preocupa
os prefeitos e a entidade afirma que o quadro tende a se agravar, já
que, cinco anos atrás, Rondônia ocupava o 18º lugar entre as unidades
federativas que mais perdiam receitas de exportações não tributadas e,
agora, já está entre os dez do ranking, podendo
alcançar a 5ª posição, considerando o ritmo da expansão agropecuária.
O Pedim
Nas próximas semanas, os prefeitos devem cumprir agendas de reuniões técnicas com a AROM, para debater detalhes do funcionamento do programa. Entre os pontos de discussão, estão as áreas a receberem os investimentos, com objetivo de provocar um impacto de crescimento em ritmo acelerado com robusta aplicação de recursos em infraestrutura, abrangendo asfaltamentos, recapeamentos, calçamentos e construções de pontes em concreto. Audaciosa, a meta do PEDIM é “fazer Rondônia caminhar 40 anos em 04”.
O
governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, e seu vice, José Jodan,
já têm conhecimento do projeto, que foi mencionado pela Diretoria da
AROM em reunião no início de janeiro. Agora, os
prefeitos pretendem realizar uma entrega oficial do programa PEDIM ao
governo tão logo concluam estudos finais de sugestão de implantação e
funcionamento, para que todos os municípios sejam contemplados de forma
igual, visando deflagrar um plano de desenvolvimento
jamais executado no estado.
Assessoria/AROM