O embaixador espanhol na Venezuela, Jesús Silva Fernandéz, foi considerado persona non grata pelo governo de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (25). As informações são do jornal espanhol El País e do governo venezuelano.

A crise entre os dois países tem raízes profundas. Em visita aos Estados Unidos em setembro do ano passado, o presidente da Espanha, Mariano Rajoy afirmou que não era mais possível “colocar panos quentes” sobre a situação venezuelana porque o país estaria “à deriva”.

A relação turbulenta se intensificou na semana passada quando a União Europeia, conduzida pela Espanha, aprovou uma série de sanções contra alguns políticos do alto escalão do país latino-americano. Em nota oficial, o governo da Venezuela afirmou que as sanções “são contrárias aos mais elementares princípios do Direito Internacional”. O presidente do país, Nicolás Maduro já havia falado anteriormente que as restrições a seus funcionários eram “erros lamentáveis” da União Europeia.

Na prática, as medidas aprovadas pela União Europeia proíbem que os políticos venezuelanos acessem as contas que possuam em território europeu.

Para revidar a situação, apontada pelo governo de Nicolás Maduro como uma “agressão intervencionista e colonialista” por parte da Espanha, o embaixador da Venezuela em Madri, Mario Isea foi convocado de volta. No Fórum Econômico Mundial que está acontecendo em Davos, a Espanha tentou minimizar o incidente.

Mas o novo tom usado pelo país europeu não foi o bastante para estabilizar as relações diplomáticas entre os dois países e o governo da Venezuela decidiu expulsar o embaixador espanhol.