Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
MUNDO - Ainda antes de fazer o discurso de encerramento do Fórum Económico Mundial (WEF), que reúne em Davos a elite económica e política mundial, Trump foi apresentado pelo secretário-geral do evento, Klaus Schwab.
O economista alemão, fundador do WEF, foi o primeiro a ser recebido com alguns assobios por parte da sala de conferências lotada, quando disse que a liderança de Trump à frente dos Estados Unidos tem motivado "equívocos e interpretações tendenciosas".
Pouco depois, Trump iria até ao palanque para proferir o seu discurso de cerca de 15 minutos. Foi recebido com poucos aplausos.
Durante o discurso - no qual recusou as acusações de protecionismo feitas à sua política económica e salientou o compromisso dos EUA para com o livre comércio e a comunidade internacional - não se registaram os aplausos que interromperam as alocuções de outros chefes de Estado durante os dias da cimeira.
Nem mesmo naquela que terá sido a frase mais forte do seu discurso - "Quando digo que a América está primeiro, não quero dizer que a América está sozinha" - Trump recebeu o reconhecimento da sala de conferências. Apenas no final da sua alocução, Trump recebeu palmas, que a agência norte-americana Associated Press descreveu como "um aplauso educado".
Após o discurso, Klaus Schwab fez algumas perguntas ao Presidente dos Estados Unidos e foi na resposta a uma dela que Trump acabaria por receber o apupo da tarde.
Schwab perguntou a Trump se a sua experiência anterior - como empresário -- o tinha preparado para a presidência.
Trump respondeu que nunca um empresário tinha sido eleito Presidente e que a imprensa muitas vezes "tratou bem" quando era apenas um construtor de Nova Iorque.
Esse tratamento, sublinhou Trump, mudou radicalmente quando entrou para a política.
Só quando se tornou um político, disse Donald Trump, é que se apercebeu "até que ponto a imprensa pode ser nojenta, cruel e falsa".
O comentário foi recebido com apupos e assobios por parte da assistência.