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porto velho, segunda-feira 23 de junho de 2025
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, na manhã desta segunda-feira (23/8), a venda direta do botijão de gás, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), das distribuidoras para os consumidores. Atualmente, o GLP que sai da Petrobras ou de importadores é comprado por distribuidoras, que repassam o produto aos revendedores ou fazem a venda direta às residências.
O mandatário também voltou a afirmar que o preço está elevado em função de impostos estaduais e defendeu que os governadores zerem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o produto.
“Se um governador qualquer zerar ICMS, eu quero permitir a venda direta do botijão de gás. O que é a venda direta? É exatamente igual ao etanol: as usinas podem vender para o posto do lado, diretamente”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Nova Regional, do Vale do Ribeira (SP). “A gente pode baixar metade do valor do gás. Agora, dificilmente vai encontrar governador que aceite.”
O gás de cozinha tem sido vendido a mais de R$ 100 em algumas localidades do país, o que tem feito com que famílias de baixa renda voltem a cozinhar com fogão à lenha.
Por outro lado, Jason Vieira, economista-chefe da Infinity, considera que a medida não necessariamente encarece o preço, mas pode não resolver o problema em si.“Se o preço for mais alto, a concorrência fala e o consumidor compra da distribuidora. Só não sei se resolve o problema em si”, afirma. “A questão dos impostos até faz sentido, pois eles sobem escalonados ao preço. O governo federal retirou [a tributação] e o preço continuou a subir. Faltaria mesmo a parcela dos governadores.”