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porto velho, quinta-feira 18 de setembro de 2025
PORTO VELHO - RO - Nem bem a poeira baixou, e com as primeiras chuvas "outubrinas", a cidade de Porto Velho, é uma das únicas, (mesmo sendo a capital), que ficou “à ver navios”, em relação ao chamado programa “Tchau Poeira”, que foi lançado pelo executivo estadual, e que prevê centenas de quilômetros de asfalto para as regiões metropolitanas dos municípios de Rondônia.
- Em Ariquemes, por exemplo, foram investidos R$ 10 milhões do “Tchau Poeira”, que estipula o asfaltamento de 20 quilômetros de ruas e avenidas naquela cidade. A finalidade do programa seria a de asfaltar, recuperar e sinalizar as vias públicas urbanas dos 52 municípios rondonienses. Mas até o momento, o planejamento do executivo deixa fora do cronograma das benesses a capital do Estado.
A questão não é meramente estrutural, mas política, asseguram analistas. O governador, ao que tudo indica, vê na capital, e no atual chefe do executivo municipal, um impasse para seus planos de reeleição, com isso quem "paga o pato" é o portovelhense, que pode ficar sem asfalto e com poeira em 2022, porque o governador simplesmente não gosta do prefeito ou tem nele seu adversário natural.
Pode ser que depois, dessa manobra, a própria população entenda que Porto Velho, independentemente de cor partidária, gosta de modernidade, e não lhe cairia mal, ter ruas menos poeirentas e esburacadas, e ainda de quebra, ter um nome certo para votar.
Até o momento o “Tchau Poeira”, tem servido, para a população, e também, como se têm visto, na esfera política, como uma boa cartada nas eleições majoritárias. Obviamente também é usado para castigar, e para criar divisões e marcos de quem é contra quem.
Historicamente, há mais de trinta anos, os governadores de Rondônia, preterem e na realizam obras na capital, porque os prefeitos sempre são adversários políticos e potenciais candidatos a concorrer à cadeira principal do Palácio Rio Madeira.
Resta saber se nas urnas o portovelhense pretende dar o troco ao candidato natural pela forma preconceituosa como tratada a capital que é o centro político nervoso do Estado.