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porto velho, sexta-feira 19 de setembro de 2025
Reportagem da revista "Veja" divulgada nesta sexta-feira (3) relata que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) empregou servidoras fantasmas em seu gabinete por 5 anos em um esquema de rachadinha.
A rachadinha é uma prática irregular. Ocorre, por exemplo, quando um parlamentar contrata uma pessoa para trabalhar em seu gabinete e , em troca, diz que vai recolher parte do salário que, oficialmente, o servidor ganharia. Na prática, a maior parte do salário fica com o parlamentar.
Alcolumbre é atualmente o presidente da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a mais poderosa da Casa. De fevereiro de 2019 a fevereiro de 2021, ele foi presidente do Senado.
Nos últimos meses, ele tem aparecido no noticiário de política por estar se recusando a marcar na CCJ a sabatina de André Mendonça, indicado do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina na CCJ é etapa indispensável para a confirmação da indicação. Mas Alcolumbre quer desgastar o nome de Mendonça, o que colocou o senador como um dos principais rivais do bolsonarismo no momento.
Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Alcolumbre negou denúncias de rachadinha e disse que a prática de confiscar salário de servidores é "repudiável".
"Sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários. Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem", escreveu Alcolumbre (veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).