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Votos do PDT e PSB deram a Bolsonaro cheque em branco para reeleição em 2022

É só fazer a conta. O governo teve 312 votos, quando precisaria de 308. Sem esses 25 votos, seriam 287 e a PEC morreria na praia.


metropoles

Publicada em: 04/11/2021 14:43:10 - Atualizado

A aprovação em primeiro turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos precatórios não teria passado sem os dez votos de deputados do PSB e 15 do PDT, na noite desta quarta-feira (4/11).

É só fazer a conta. O governo teve 312 votos, quando precisaria de 308. Sem esses 25 votos, seriam 287 e a PEC morreria na praia. Como sobreviveu, Bolsonaro agora está mais perto de conquistar alguns marcos importantes na sua caminhada para ser reeleito em 2 de outubro de 2022.

A PEC dos Precatórios cria um limite anual para o pagamento das dívidas do governo com pessoas e empresas que ganharam ações na Justiça. Na prática, é um calote em quem está há anos esperando receber algo que é seu por direito.

Isso libera orçamento para o governo viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família, e garante que Bolsonaro continue a torrar bilhões com emendas pelas quais tem comprado apoio político. Também assegura, por exemplo, que militares, outra base de sustentação importante do governo, continuem a ser favorecidos no orçamento.

Em resumo, ao aprovar o calote, deputados do PDT e do PSB deram um cheque gordo para Bolsonaro trabalhar para ser reeleito. A ironia da coisa é que o pedetista Ciro Gomes badalava na campanha de 2018 que iria tirar o nome do brasileiro do SPC. Seu partido agora aprovou um calote, e não foi só nas costas de quem tem créditos a receber.


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