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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Um quarto da Assembleia Legislativa trocou de partido neste ano


JOCENIR SANTANNA

Publicada em: 10/04/2018 11:35:13 - Atualizado

PORTO VELHO (RO): Com a proximidade das eleições, os pré-candidatos ao pleito de outubro começam a fazer as contas dos sufrágios necessários para conseguir uma vaga, seja no Legislativo Estadual, seja na Câmara Federal ou no Senado, e muitas vezes chegam a conclusão de que a legenda em que se encontram não lhe dará essa garantia de eleição, como se qualquer outra lhe garantisse.

Para atingir o coeficiente eleitoral e eleger um ou mais representantes, os líderes de partidos se desdobram em busca de nomes que estão se sobressaindo, e, nesta época de filiação, as propostas são as mais mirabolantes possíveis. Por conta desta matemática da proporcionalidade, que quase ninguém entende, a busca por espaços é disputada a dedos.

Para se ter uma ideia da situação, na Assembleia Legislativa, que é formada por 24 deputados, seis deles mudaram de partido no último mês, aproveitando a janela de transferência que a justiça eleitoral estipula para quem tem mandato e quer mudar de partido sem incorrer em infidelidade partidária.

Léo Moraes (Porto Velho), que foi candidato a prefeito pelo PTB nas última eleições, sonha com uma cadeira na Câmara Federal e como no PTB tem o Deputado Nilton Capixaba (Cacoal), deixou os petebistas e assumiu o Podemos no estado, onde promove, inclusive a filiação de lideranças. Na nova sigla, Moraes já encampou a candidatura do presidenciável Álvaro Dias (Paraná), que começa a aparecer nas pesquisas como opção para o Palácio do Planalto.

O Deputado Ezequiel Junior (Machadinho do Oeste), que no ano passado teve um desentendimento com as lideranças do seu antigo partido, o PSDC, ficou um tempo sem legenda e recentemente confirmou a sai filiação ao PRB, que na Assembleia tem o Deputado Alex Redano (Ariquemes) como líder.

A Deputada Rosângela Donadon (Vilhena), analisando as pré-candidaturas do MDB à Assembleia Legislativa, deixou o partido comandado por Raupp e assinou no PDT de Acir Gurgacz.

A filiação de Rosângela e de outras lideranças no PDT, assustou os deputados Hermínio Coelho(Porto Velho) e Saulo Moreira (Ariquemes), que pediram a sua desfiliação do partido.

Hermínio assinou com o PCdoB e Saulo Moreira fez o sentido contrário de Rosângela, assinando no MDB, partido do ex-governador e pré-candidato ao Senado, Confúcio Moura (Ariquemes).

O deputado Anderson do Singeperon, que tinha conseguido a primeira suplência pelo PV, que tem Luizinho Goebbel como líder no estado, assumiu o mandato com a morte da Deputada Lucia Tereza (PP) no final do ano passado (os partidos eram coligados), deixou os verdes e assinou com o PROS. Antes disso, no entanto, havia anunciado a sua filiação ao PCdoB junto com Hermínio, mas resolveu mudar de ideia aos 45 do segundo tempo, filiando se ao Partido Republicano da Ordem Social.

Da bancada federal rondoniense, nem senadores e tampouco deputados federais trocaram de legenda, apesar da dança dos partidos ter movimentado mais de 80 cadeiras no Congresso Nacional.


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