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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO - A partir do fechamento da janela de transferências partidárias, em consonância com o período de novas filiações, já tem deputado estadual fazendo as contas para ver se conseguem emplacar uma reeleição. É sabido que no Brasil temos 35 partidos registrados, a maioria deles é de pequenos partidos, também conhecidos por nanicos, que de pleito em pleito vem tentando emplacar candidatos nas câmaras de vereadores, Asembleias Legislativas e, principalmente, Câmara Federal, por conta da cláusula partidária, que define o valor do repasse dos recursos do famigerado fundo partidário.
Em Rondônia, a situação não é diferente. Um exemplo foi o PTdoB, que conseguiu na eleição de 2014. Numa coligação de partidos pequenos (PTdoB/PMN/PRB), não só conseguiu o coeficiente eleitoral que elege um representante, como emplacou um segundo nome. Dr. Neidson (Guajará) com 8.301 votos e Jesuíno Boabaid (Porto Velho) com 6.890 votos, o menos votado dos 24 eleitos.
Em 2016, por um desentendimento com as lideranças do partido, Neidson e Jesuíno trocaram o PTdoB pelo PMN, abrindo espaço na Assembleia para o Partido da Mobilização Nacional. No ano passado o PMN, através de uma coligação, conseguiu eleger na capital a vereadora Ada Dantas Boabaid (esposa de Jesuíno) que ensaia uma candidatura a Deputada Federal.
Com a proximidade das eleições deste ano, Jesuíno e Neidson já estão com a calculadora nas mãos. Pré-candidatos à eleição, sabem que precisam de uma ampla coligação para poder emplacar um novo mandato no legislativo estadual.
Com o PTdoB em crise e sob intervenção federal e o PRB enfraquecido pela debandada de alguns nomes que ajudaram na busca dos votos, o PMN vai ter que buscar novos parceiros para uma necessária coligação. Essa busca, entretanto, já vem enfrentando dificuldade nas conversações. Apesar de terem conseguido baixa votação no último pleito estadual, o fato de serem detentores de mandato assusta os demais partidos, que temem servir de escada para eleição de que já está deputado.
A alternativa para o PMN vai ser encostar em um dos partidos que irão lançar candidatura ao governo do estado, para no melhor estilo Jesuíno de ser, tentar pressionar por uma coligação, dando como contra partida o apoio dos deputados aos candidatos majoritários.