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    porto velho, domingo 6 de julho de 2025

Weber decide que STF vai supervisionar apuração da PGR sobre ataques de Bolsonaro às urnas

Ministra deu prazo de cinco dias para que Jair Bolsonaro preste, se quiser, esclarecimentos sobre declarações infundadas durante encontro com embaixadores.


G1

Publicada em: 08/09/2022 15:17:42 - Atualizado


BRASIL - A ministra Rosa Weber decidiu nesta quinta-feira (8) que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai supervisionar o andamento de um pedido para que a Procuradoria -Geral da República investigue o presidente Jair Bolsonaro por causa dos ataques sem provas às urnas durante encontro com embaixadores.

Rosa Weber é relatora de uma ação de parlamentares da oposição que pede a investigação de Bolsonaro por uma série de crimes, entre os quais os de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, incitação de animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e crime de responsabilidade.

A ministra determinou que a PGR encerre uma apuração que tinha aberto por iniciativa própria sobre o caso. Ao STF, a Procuradoria afirmou que era cedo para abrir um inquérito para avaliar a conduta do presidente.

Agora, Weber determinou que a investigação seja conduzida com a supervisão do STF.

Quando pediu o arquivamento, a vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, alegou que "a instauração de inquérito policial exige, por vezes, uma perscrutação prévia e simplificada, denominada de verificação de procedência de informações [...] a fim de evitar a abertura formal e precipitada de investigação criminal, com sérios prejuízos ao investigado".

Em relação ao pedido da PGR para Bolsonaro ser ouvido, a ministra afirmou que a "diligência preparatória à formal instauração de inquérito atende, a um só tempo, ao interesse social de apuração de fatos potencialmente criminosos, bem assim às liberdades individuais do noticiado, evitando o constrangimento de eventual submissão a procedimento investigatório sem suporte mínimo de corroboração".


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