PORTO VELHO: Desde que assumiu o comando do Diretório Regional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), a Deputada Federal Mariana Carvalho ainda não conseguiu implementar um ritmo que dê ao partido a visibilidade necessária para a disputa das eleições de outubro próximo e isso já começa a incomodar os tucanos, que estão a espera de uma definição sobre os rumos que o partido tomará no pleito deste ano.

Visivelmente dividido entre a turma do senador cassado Expedito Junior e a da Mariana, o PSDB não consegue definir uma postura ou posicionamento. Ninguém sabe se o partido terá candidatura própria ao governo ou irá à reboque do que o Senador Ivo Cassol (PP) orientar. Expedito Junior uma hora diz que disputa o governo do estado, na outra afirma que quer voltar ao Senado.

Uma maior presença da presidente regional da sigla tem sido bastante cobrada também nas bases do partido pelo estado afora, especialmente porque ela tem emendado a sua agenda no Congresso Nacional, em Brasília, a viagens de fim de semana pelas praias do sudeste brasileiro. Essa ausência de Mariana Carvalho neste período crucial, onde começam as negociações para as composições de coligações e definição de candidaturas para deputado estadual, deputado federal, governador e vice, além das duas vagas para o Senado tem deixado as lideranças tucanas um tanto que perdidas, e na sua ausência, têm buscado explicações com a turma do Expedito, a quem suscitam o comando real da legenda.

Um exemplo desta divisão do PSDB está nas duas pré-candidaturas a deputado estadual em Porto Velho anunciadas pelos vereadores Alan Queiroz (Líder do Governo na Câmara) e de Maurício Carvalho (presidente da Câmara Municipal). O primeiro é ligado a Expedito Junior e ao prefeito Hildon Chaves, enquanto que o segundo faz parte do “Clã Carvalho”, que tem o patriarca Aparício como mentor e principal articulador.

Mariana de Carvalho tem sido cobrada também quanto à disponibilidade do seu nome para a disputa do governo do Estado. Com Expedito Junior confirmando mesmo sua disposição de recuperar a vaga da qual foi deposto por conta de um processo de compra de votos, o partido, que foi para o segundo turno em 2014, precisa se posicionar de forma mais veemente, sob pena de ser engolido por candidaturas mais sólidas. Neste quesito, o nome da própria deputada aparece como opção para a disputa do pleito majoritário rondoniense, mas não tem conseguido eco nas intenções da parlamentar, que ainda não conseguiu definir o seu futuro, deixando a sigla à deriva de sua própria indecisão.