Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Uma das principais atribuições do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, criado pela Lei nº 13.639, sancionada pelo presidente Michel Temer em 26 de março deste ano, deve ser o fortalecimento da qualificação profissional, para que a categoria possa apoiar ainda mais a assistência técnica ao produtor rural, defende o presidente da Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (Fenata), Mário Limberger. A autarquia federal está em fase de estruturação e deve começar a funcionar nos próximos meses.
Segundo Mário Limberger, o apoio à capacitação profissional é estratégico para a agropecuária brasileira. “Precisamos investir na qualificação profissional porque o produtor ainda tem carência em termos de orientação técnica”, observou.
Durante o encontro, a categoria também debateu a Lei nº 13.639 e outras temas relacionados à estruturação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, cuja atribuição é fiscalizar, orientar e disciplinar o exercício profissional.
No encerramento do encontro, a Fenata e sindicatos e associações de 20 estados e do DF homenagearam os parlamentares que trabalharam pela aprovação do projeto de criação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, no Congresso Nacional.
Ao agradecer a homenagem, os senadores Waldemir Moka (MDB-MS), Valdir Raupp (MDB-RO), Cidinho Santos (PR-MT), Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Wellington Fagundes (PR-MT) e dos deputados Luiz Cláudio (PR-RO) e Darcísio Perondi (MDB-RS) também reforçaram a necessidade de o conselho fortalecer a qualificação profissional.
O deputado Luiz Cláudio também lembrou de participar da fundação da primeira escola agrícola do estado de Rondônia, a Escola Cenecista Abaitará, localizada no km 25 entre Pimenta Bueno e Rolim de Moura. Na época em que participava do Abaitará, entre 1984-90, Luiz Cláudio ressalta que pelo regimento interno, só filhos de agricultores eram matriculados. Em dois anos e meio o aluno completava o curso e retornava à sua propriedade familiar, levando conhecimento técnico e tecnológico que aumentava a produtividade do campo. “Muitos técnicos que saíram dessa escola hoje são empresários e donos de lojas agropecuárias, outros concluíram cursos como Agronomia, veterinária ou zootecnia. Nós preparamos futuros profissionais da época”, e acrescentou: “Hoje o Estado incorporou aquela escola e criou o primeiro Instituto Estadual de Ensino Profissionalizante na área rural”.
Em pronunciamento durante a solenidade, o presidente da CNA, João Martins, igualmente destacou esse aspecto: “Não vejo como alavancarmos a agropecuária e criarmos uma classe média rural sem assistência técnica e isso só se faz com técnicos competentes, capacitados e organizados. Vocês são essenciais para transformar este país”.