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porto velho, sexta-feira 27 de junho de 2025
O futuro ministro da Fazenda do governo eleito, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (14), em entrevista ao programa "Estúdio i", da GloboNews, que vai "botar a casa em ordem" durante sua gestão, citando problemas econômicos deixados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Haddad criticou, sobretudo, os gastos feitos pelo governo durante o período eleitoral, como a concessão do crédito consignado a beneficiários do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica Federal. "Se a gente não prorroga o Auxílio Brasil, a Caixa quebra", afirmou o futuro ministro.
Haddad disse, ainda, que o governo atual enviou um ofício pedindo que a nova gestão retire 2,5 milhões de pessoas do Auxílio Brasil que foram incluídas de forma equivocada. "Isso é quase um crime confessado. Botou para dentro 2,5 milhões de pessoas e agora estão mandando tirar. Por que que colocou, então?", questionou. Apesar de criticar a falta de critérios do programa, Haddad prometeu não desamparar os atuais beneficiários durante a próxima gestão.
Na tarde desta terça-feira (13), Haddad anunciou dois nomes para secretarias do ministério da Fazenda: Gabriel Galípolo e Bernard Appy . Na entrevista desta quarta, ele afirmou que deve concluir os anúncios da equipe completa até a próxima semana, e que está "com todos os convites na cabeça", embora tenha evitado falar nomes.
"Eu gosto de trabalhar com gente que entende do riscado", declarou. Haddad desconversou quando perguntado sobre se chamaria economistas com opiniões divergentes das suas para a equipe.
Ele afirmou, porém, que prefere que grandes nomes com pensamentos opostos aos seus estejam em uma espécie de conselho para ajudá-lo na gestão.