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porto velho, quinta-feira 26 de junho de 2025
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem dito a aliados que quer entender o "organograma" do Ministério do Planejamento antes de dar uma resposta a Lula sobre o convite para assumir a pasta. Os dois devem voltar a conversar entre esta segunda (26) e terça-feira (27).
Integrantes do MDB querem saber, por exemplo, se é possível turbinar a pasta com os bancos públicos BB e Caixa, além do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos do governo), pois temem que a estrutura atual do ministério seja "oca", cuidando apenas do Orçamento.
O BNDES, na visão da própria Simone Tebet, está sob guarda-chuva de Geraldo Alckmin, indicado para o Ministério da Indústria e Comércio, e por isso mais do que blindado sob responsabilidade do vice-presidente eleito.
Segundo interlocutores, se aceitar o cargo, Tebet gostaria de focar no debate sobre a qualidade do gasto público, em parceria com Fernando Haddad, no comando da Fazenda.
Com Tebet no Planejamento, a área econômica do governo Lula anteciparia um possível cenário eleitoral para 2026 com três presidenciáveis em postos-chave: Haddad na Fazenda, Alckmin no MDIC e a senadora no Planejamento.
No caso de Tebet, com uma visão divergente da agenda econômica do PT, como ela repete a emissários de Lula.
Haddad sempre repete que "não existe candidato à presidência em 2023" e que nunca assume um cargo pensando no próximo, que é a receita do fracasso.
Em entrevista ao Estudio i, na GloboNews, o petista disse que se houver divergências entre ministros na área econômica, quem arbitra é o presidente da República, que é quem foi eleito e tem sua agenda econômica para ser executada.