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porto velho, quinta-feira 26 de junho de 2025
O impasse gerado pelo veto de aliados de Lula ao nome de Elmar Nascimento para assumir o ministério de Integração Nacional dividiu o União Brasil, que deve anunciar que ficará independente em relação ao governo petista.
Apesar do impasse, três integrantes do União Brasil devem ser ministros de Lula. O União Brasil, entretanto, não os considera indicados do partido mas sim escolhas pessoais do presidente eleito e do senador Davi Alcolumbre (UB-AP).
Alcolumbre indicou o governador do Amapá, Waldez Goes, que é do PDT, para assumir o Ministério da Integração no lugar de Elmar Nascimento.
Waldez Goes é aliado muito próximo do senador do Amapá, mas é filiado ao PDT e deve trocar de partido.
O nome dele foi colocado na mesa depois que a senadora eleita por Tocantins, Dorinha, declinou do convite feito por Alcolumbre para representar o partido no Ministério da Integração.
Além da Integração, os ministérios das Comunicações e do Turismo devem ficar com políticos filiados ao União Brasil.
Nome cotado para as Comunicações, o deputado Paulo Azi, da Bahia, também declinou por não haver coesão do partido.
Diante do impasse, Alcolumbre sugeriu colocar nas Comunicações o deputado Juscelino Filho, do Maranhão, que estava cotado para Turismo. O senador cogita agora emplacar a deputada eleita Dani do Waguinho para o Turismo.
Apesar das indicações, lideranças do partido dizem que os nomes não são indicações do União Brasil e que a sigla ficará independente, tratando o apoio ao governo projeto a projeto.
“Nenhum filiado que vá ocupar cargo é indicação partidária, mas não há proibição. As bancadas na Câmara e no Senado seguirão independentes”, disse Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara.
O veto ao nome de Elmar e a condução das negociações dos nomes não agradaram a direção do União Brasil.