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porto velho, quarta-feira 25 de junho de 2025
PORTO VELHO/RO - Enquanto o assunto que domina o noticiário no país são as invasões ocorridas ontem (08), no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), a quase totalidade dos políticos de Rondônia, finge que nada aconteceu. Estado com maioria do eleitorado bolsonarista, o medo é de tecer alguma crítica à ação dos manifestantes e sofrer ataques nas redes sociais e outros prejuízos políticos.
Por enquanto, quem falou do assunto em suas redes sociais foi o deputado federal Léo Moraes (Podemos), que não foi reeleito. Ele escreveu críticas ao episódio e muitos comentários foram contrários ao seu posicionamento.
" Milhares de manifestantes invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Planalto e a sede do STF, na tarde deste domingo (8). Todo protesto deve ser pacífico e ordeiro, assim como já tivemos tantas vezes em todo o país, de forma legítima. Porém, não podemos concordar com está depredação ocorrida na sede dos Três Poderes. Meu repúdio a este ato gravíssimo e a toda manifestação que não seja pacífica", escreveu Léo Moraes.
Muitos questionaram se a posição dele não estava levando em conta o descontentamento de parte da população com decisões do STF e em relação ao processo eleitoral de 2022.
O governador Coronel Marcos Rocha, o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, não emitiram nenhuma nota oficial até o momento. Rocha, inclusive, deveria participar ainda nesta segunda-feira (09), de uma reunião dos governadores e o presidente Lula, para tratar do caso. Não se confirmou se o governador de Rondônia vai mesmo participar do encontro, ainda que de forma virtual.
Nenhum dos três senadores rondoniense fez qualquer manifestação até esse começo de manhã. Na atual bancada federal, ninguém além de Léo Moraes se pronunciou. Dos eleitos, nada se ouviu até agora.
O Tribunal de Justiça de Rondônia subscreveu, integralmente, ainda na tarde deste domingo, a nota do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil. O Ministério Público de Rondônia se manifestou com uma nota de repúdio, assinada pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de Rondônia, Ivanildo de Oliveira, e também subscreveu nota pública do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).