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porto velho, terça-feira 24 de junho de 2025
Em reunião com representantes de associações, centrais sindicais e sindicatos de trabalhadores na quinta-feira 19, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, mandou uma mensagem para as categorias e falou em “enquadrar” as empresas de entrega. É a segunda vez que o petista fala nesse termo.
O ministro havia usado a expressão “enquadrar” em discurso realizado no dia anterior, em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e centrais sindicais no Palácio do Planalto. No entanto, ele não explicou como faria isso, o que repetiu no vídeo em apoio aos trabalhadores.
Marinho pretende ampliar as regulamentações impostas às empresas de delivery que, segundo ele, “desrespeitam” as pessoas que trabalham por aplicativo.
“Não é possível que, no Brasil do século 21, alguém tenha que trabalhar mais 14 horas, 16 horas, para às vezes sequer levar o salário-mínimo para casa e ficar seis ou sete anos sem o reajuste das tarifas”, disse Marinho. “Isso é inaceitável”, afirmou. Marinho ainda acrescentou que o governo vai trabalhar esse processo “e chamar as empresas para enquadrá-las para que respeitem esse trabalho e valorizem, acima de tudo, o valor do trabalho e a proteção social”, completou.
Na reunião de ontem, o ministro disse que o primeiro passo para a regulamentação é a busca pela “unidade dos trabalhadores, dos dirigentes, das associações, dos sindicatos e das centrais e, acima de tudo, a busca da proteção ao trabalho”.
Entre as demandas entregues a Marinho, houve um pedido do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo (SindmotoSP), para que as empresas reajustem acima da inflação os valores pagos por entregas e serviços de transporte.