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porto velho, sexta-feira 20 de junho de 2025
BRASIL -A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou no Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a prisão de preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Na solicitação, a PGR escreveu que as justificativas apontadas pela defesa de Torres que fudandamentaram o pedido de liberdade "já estavam quando da decretação da prisão preventiva, sem que tenha havido qualquer alteração fática ou processual".
No início deste mês, a defesa do ex-ministro tinha pedido que o STF revogasse a prisão preventiva decretada contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes. Os advogados afirmaram que não havia motivos que justificassem a detenção.
Moraes decretou a prisão em razão de indícios de omissão nos atos de vandalismo contra os Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal à época, mas estava nos Estados Unidos quando os prédios do Congresso, do Supremo e o Palácio do Planalto foram depredados.
"Ao sair do país, mesmo ciente de que os atos ocorreriam no dia 8 de janeiro, vislumbra-se que Anderson Gustavo Torres, deliberadamente, ausentou-se do comando e coordenação das estruturas organicamente supervisionadas pela pasta que titularizava, fator que surge como preponderante para os trágicos desdobramentos dos fatos em comento", completou a PGR.
Em depoimento à PF, ele disse que não era de sua responsabilidade o planejamento operacional das ações para controle da manifestação e alegou ainda ter perdido seu celular nos Estados Unidos, onde passava férias.
Antes de assumir o comando da Secretaria de Segurança do DF, Torres foi ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.