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porto velho, quinta-feira 18 de setembro de 2025
Segundo o Ministério da Fazenda, a tributação de PIS/Confis, que voltou a valer desde o dia 1º de março, pode aumentar o preço do litro da gasolina em até R$ 0,47. Quando considerado o desconto de R$ 0,13 que a Petrobras cedeu às refinarias, o aumento é estimado em R$ 0,34. O aumento de preço pode elevar o custo do litro para o maior nível desde junho de 2022, quando o valor do produto atingiu R$ 7,59. Para falar sobre a reoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal Danilo Forte (União Brasil), que defende a retomada da isenção. Para o parlamentar, é importante destacar que a reoneração deve afetar a inflação: “A ânsia arrecadatória dos Estados e do governo é muito grande. Nós tivemos crescimento de arrecadação em janeiro deste ano superior aos janeiros dos últimos dez anos. A arrecadação federal e as arrecadações estaduais, no total, estão aumentando. O que a gente está vendo é exatamente um descontrole (…) Não tem nenhum Estado que tenha reajustado menos de R$ 1 no preço da gasolina. O preço da gasolina tem toda uma simbologia cultural no Brasil de gerar inflação. Porque quando aumenta a gasolina, aumenta tudo em um país de uma logística como a nossa”.
“Diante deste quadro, eu acho que a gente tem que começar por onde o governo errou, ele errou quando disse que ia iniciar o ano com a reforma tributária e com a âncora fiscal, para dar estabilidade e segurança ao país, e mexeu exatamente naquilo que nós inclusive já tínhamos precificado. Porque nós tínhamos colocado no orçamento desse ano R$ 52 bilhões para manter a isenção dos impostos sobre a gasolina, o álcool, o diesel, o gás de cozinha e o GNV até dezembro. O governo simplesmente ignorou esse debate no período da PEC da Transição porque queria engordar o caixa. Agora quer engordar mais ainda, com mais R$ 28 bilhões com essa pretensa reoneração, que vai aumentar o sofrimento exatamente das famílias brasileiras. Estão endividados, estão com desemprego crescente, estão com a inflação corroendo os salários e, ao mesmo tempo, aumentando única e exclusivamente a ânsia arrecadatória dos Estados e municípios”, defendeu.