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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: O Conselho Federal de Medicina (CFM) está fazendo uma pesquisa para saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses.
Em 2024, o Ministério da Saúde optou por mudar o esquema de vacinação contra a Covid-19. Entre as mudanças, está a inclusão do imunizante contra a doença no Calendário Nacional de Vacinação, para crianças de seis meses a quatro anos e 11 meses.
Com a nova norma, o CFM decidiu ouvir a opinião dos médicos sobre o assunto. No total, são quatro perguntas. A CNN teve acesso ao formulário, confira abaixo:
Após a divulgação do levantamento, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) se posicionou contra o levantamento do CFM em comunicado divulgado nesta quinta-feira (11).
“A SBIm entende que a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) não trará nenhum benefício à sociedade, uma vez que — ao equiparar crenças pessoais à ciência — pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação”, informa a SBIm, em nota.
Segundo a SBIm, “a vacinação contra a Covid-19 é uma estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença, potencialmente fatal em todas as faixas etárias, inclusive entre crianças”.
Em 2022, o Brasil registrou uma morte por dia de crianças com Covid-19 entre seis meses e cinco anos. Os dados foram divulgados pelo Observa Infância, projeto que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Unifase.
Em 2023, foram registrados 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que reúne dados até novembro.
De acordo com a SBIm, “a vacinação de crianças contra a Covid-19 é efetiva. Um estudo que analisou quase 4% da população pediátrica dos Estados Unidos durante as ondas das variantes Delta e Ômicron demonstrou que a vacinação teve eficácia de 74,3% contra a infecção pelo SARS-CoV-2, 75,5% contra casos moderados ou graves e 84,9% contra episódios que demandam internação em UTI”.
A CNN tenta contato com o Conselho Federal de Medicina.