Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 20 de abril de 2025
Uma dúvida paira entre os pacientes nas clínicas odontológicas. Tudo bem manter as restaurações antigas, os amálgamas de cor mais escura, ou o melhor é substituí-las pelas restaurações brancas, feitas de resina?
Os amálgamas são feitos de metais como o mercúrio, componente considerado tóxico. "No uso odontológico, não há problemas para o paciente, porque o mercúrio é combinado a outros metais. Salvo em casos raríssimos de pessoas sensíveis a essa substância", esclarece Paulo Capel, professor de saúde pública da USP (Universidade de São Paulo).
Alguns profissionais, no entanto, indicam a troca. "Além do valor estético, a resina deixa infiltrações e cáries mais visíveis", diz o cirurgião-dentista Edson Myai, da SucessOdonto Prime. Dessa forma, ajuda no tratamento precoce e até na prevenção de problemas. "Quanto à durabilidade, depende muito dos hábitos de cada um, como alimentação, tabagismo, ranger de dentes etc."
É preciso cuidar bem de qualquer restauração. Rotina de higiene bucal e boa alimentação, além da visita regular ao dentista, são essenciais. "Amálgamas são mais resistentes, mas é preciso fazer um raio-X para checar se não há fraturas ou infiltrações e, assim, fechar um diagnóstico seguro", diz Beatriz Bussab, cirurgiã-dentista da Dental Saúde.
"A resina já evoluiu, e novas tecnologias sempre surgem. Dentistas e pacientes devem conversar para chegar à melhor saída", diz Capel.
ENTENDA AS DIFERENÇAS
- Amálgama: Restauração mais antiga, de cor escura, é formada por uma uma liga metálica que tem prata, estanho e mercúrio em sua composição. Além desses metais, quantidades menores de cobre, zinco, ouro, índio e platina são utilizadas para aumentar a resistência à corrosão.
- Resinas compostas: Já usadas há cerca de 20 anos, elas são de cor branca e, por isso, têm mais valor estético e não contêm metais que podem ser tóxicos ao organismo.
Fontes: Beatriz Bussab, cirurgiã-dentista da Clínica Dental Saúde; Edson Myai, cirurgião-dentista da SucessOdonto Prime; Felipe Melhado Magri, especialista em implantodontia, em prótese dentária e reabilitação oral; Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Com informações da Folhapress.