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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Uma equipe de cientistas australianos alertou para a crescente resistência das bactérias aos desinfetantes anti-bacterianos (como, por exemplo, o famoso álcool gel), responsáveis por combaterem e controlarem o desenvolvimento de infecções potencialmente fatais, sobretudo nos espaços hospitalares e clínicos.
Os investigadores analisaram um tipo de bactérias intestinais conhecidas por enterococos, que constituem atualmente um motivo crescente de preocupação em todo o mundo, já que são extremamente resistentes a qualquer tipo de tratamento, e até a antibióticos usados nos casos mais extremos, tais como a vancomicina.
Os especialistas testaram amostras bacterianas recolhidas em hospitais australianos durante um período de 19 anos, e apuraram que estes organismos estão em constante adaptação e melhoraram significativamente a sua capacidade de sobrevivência em ambientes esterilizados, causando infecções de consequências letais.
O gel anti-bacteriano é comum em hospitais no mundo inteiro, desde meados do ano 2000. Na altura, a iniciativa de introduzi-los nas unidades ajudou a reduzir as taxas de mortalidade por MRSA, um tipo de bactéria responsável anualmente por milhares de mortes.
“Por todo o mundo as taxas de contaminação por MRSA começaram a decrescer, a saúde de muitos pacientes melhorou e o risco de infecção, e de morte por sépsis, por exemplo, diminuiu”, referiu o professor e líder do estudo Paul Johnson, docente na Universidade de Melbourne.
Johnson e a sua equipe alertam agora para a necessidade de mais pesquisas e da descoberta de meios de combate e de aniquilação destes organismos fatais.
A pesquisa inédita foi publicada nessa quarta-feira (01) no periódico Science Translational Medicine.