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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
RONDÔNIA -Com o objetivo de melhorar a qualificação do pré-natal no atendimento às gestantes de risco e diminuir os indicadores quanto ao índice de óbito materno, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) realizou a Oficina de Atenção ao Pré-Natal para médicos e enfermeiros que atuam nas Unidades Básicas de Saúde da capital.
O pré-natal de risco habitual tem o objetivo realizar consultas médicas e de enfermagem, exames laboratoriais, ultrassonografias e o tratamento em tempo adequado. Hoje a maior demanda de gestantes internas no centro obstétrico e maternidade do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro são oriundas do município de Porto Velho e que as patologias mais presentes nestas grávidas são hipertensão na gravidez, diabetes gestacional e infecção urinária. Patologias essas tratáveis na maioria das vezes na Atenção Básica com ações como: hábitos saudáveis, medicamento e realização de exames. Considerando que o indicador de óbito materno é considerado alto no Estado.
O médico obstetra Marco Aurélio da Silva destaca a importância dessa qualificação. “Vejo essa oficina como uma ação fundamental, fazer um pré-natal não é fácil, envolve muitas variáveis e responsabilidade, essas capacitações adequam ainda mais esses profissionais para que tenham condições de realizar um pré-natal seguro, para que no resultado final, ou seja, na hora do parto, não tenha complicações” destacou o obstetra.
Zilma Souza destacou a importância das consultas
De acordo com a Assessora Técnica da Semusa, Zilma Souza, durante a Oficina foram debatidos: Rede de Assistência ao Pré-Natal; Perfil das Gestantes atendidas no Hospital de Base; Perfil Epidemiológico da Mortalidade Materna; Assistência ao Pré-Natal (acolhimento, diagnostico, exame físico, consulta e queixas frequentes) estudo de caso e apresentação em plenária.
“Infelizmente não é uma margem pequena de gestantes que ainda deixam de realizar o pré-natal, o município conta, hoje, com 19 unidades de saúde urbana e 19 rurais, todas fazem o pré-natal, precisamos conscientizar as grávidas da importância das consultas, para que na hora do parto não tenham complicações e que não aconteça morte materna”, destacou Zilma Souza.
Representando a Sesau, Anelise Medeiros, gerente da Gerência em Programas Estratégicos em Saúde (GPES), disse que melhorando a atenção básica, com atendimentos qualificados e humanizados, diminui o fluxo na maternidade do Hospital de Base, que atende partos de alta complexidade.
“As grávidas chegam, a maioria das vezes, encaminhadas ao HB por não terem feito pré-natal, ou por não terem sido orientadas corretamente, o que gera o alto índice de mortes entre mulheres e recém-nascidos”, ressaltou Anelise Medeiros.
A secretária Municipal de Saúde, Eliana Pasini, destacou a importância da parceria entre Estado e Município nessa ação. “Nós precisamos trabalhar nossos profissionais para garantir um pré-natal qualificado e diminuir mortes de mulheres e de bebês. Temos que preservar vidas, e a maneira é fazer um bom atendimento. Atendendo todas essas gestantes com responsabilidade. Sabemos que o papel do Estado é esse, apoiar os municípios, qualificar, por isso precisamos estar sempre juntos para que possamos avançar”.