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porto velho, domingo 10 de novembro de 2024
O Brasil registrou mais de 630 mil casos confirmados de hepatite virais, dos tipos A, B, C e D, nos últimos 20 anos, e 70 mil pessoas morreram em decorrência da doença que causa inflamação no fígado, apenas entre os anos de 2000 e 2017. Os dados são do Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2019, do Ministério da Saúde.
Os números revelam, ainda, que a infecção por hepatite tipo C é a mais prevalente e a mais letal, com mais de 26 mil casos notificados em 2018, segundo o levantamento do Ministério. Do total de pessoas mortas por essa infecção sexualmente transmissível, 76% foram em decorrência da hepatite tipo C.
A especialista do Polo de Prevenção às IST, da Universidade de Brasília (UnB), Valéria Paes, lembra que não existem vacinas para prevenção da hepatite tipo C, o que torna essa infecção ainda mais perigosa.
“Não temos esse benefício da vacina para a hepatite C. Então, precisamos evitar situações de risco para adquirir a hepatite C. É considerada uma infecção sexualmente transmissível, mas, também, pelo contato com o sangue contaminado, compartilhamento de seringas, por exemplo.”
A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível gratuitamente no SUS. Autoridades em Saúde reforçam que um dos métodos de prevenção para as hepatites virais é o uso da camisinha nas relações sexuais. Diante de dúvidas após sexo desprotegido, a melhor alternativa é a realização de testes rápidos ou laboratoriais para as ISTs.
As Unidades Básicas de Saúde estão equipadas com testes rápidos, fundamentais na interrupção do contágio e essenciais para o início do tratamento, como explica o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Os estudos matemáticos mostram que temos, aproximadamente, estimados 1 milhão de casos de hepatite C. Então, a nossa meta é que a gente possa diagnosticar todos os casos de hepatite C, tratar todos esses casos, curar. Porque, hoje, é uma doença que tem tratamento e tem cura. E, mostrar que temos de conseguir a eliminação da hepatite C no Brasil.”
No ano passado, a população do país teve 19,5 milhão de testes rápidos para hepatites virais disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. Em 2020, o Ministério da Saúde deve ampliar esse número para mais de 22,4 milhões de testes rápidos.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se.