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OMS diz que a pandemia do coronavírus está mudando

Segundo a OMS, a proporção de infecções em jovens aumentou em todo o mundo...


Assessoria

Publicada em: 18/08/2020 17:54:25 - Atualizado

"A pandemia está mudando", afirmou Takeshi Kasai, diretor regional para o Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira.

"E as pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos agora estão conduzindo a propagação com mais frequência. Muitos deles não sabem que estão infectados", disse.

Esta população de jovens que não apresenta sintomas da infecção, afirma a OMS, é agora o maior risco para os grupos mais vulneráveis, como os idosos.

As declarações de Kasai chegam em um momento em que as infecções por covid-19 em todo o mundo já ultrapassaram 21,9 milhões, com mais de 770 mil mortes.

Segundo a OMS, a proporção de infecções em jovens aumentou em todo o mundo e talvez isso possa explicar por que vários países que já haviam ultrapassado as curvas de infecção mais altas tiveram um ressurgimento do número de casos positivos.

Durante uma coletiva de imprensa por videoconferência, Kasai disse que "muitos (jovens) não sabem que estão infectados, porque têm sintomas muito leves ou nenhum sintoma. E isso pode resultar na transmissão inconsciente do vírus para outras pessoas".

"Isso aumenta o risco de propagação para os mais vulneráveis: os idosos, os doentes que requerem cuidados de longa duração, as pessoas que vivem em áreas urbanas densamente povoadas e áreas rurais com menos recursos."

O aumento de novos casos em países que pareciam ter o vírus sob controle, como Espanha, França, Austrália e Vietnã, levou as autoridades a impor novas restrições.

O Vietnã relatou um aumento nos casos da infecção após três meses sem transmissão doméstica, antes alcançados graças a uma campanha agressiva de mitigação do vírus.

"O que estamos vendo não é simplesmente um ressurgimento", disse Kasai, referindo-se à região da Ásia-Pacífico.

"Acreditamos que seja um sinal de que entramos em uma nova fase de pandemia" na região.

Ele indicou que a melhor maneira de evitar uma alteração nas vidas e economias dos países era com uma combinação de detecção precoce do vírus e controle de resposta para gerenciar infecções.


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