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porto velho, quarta-feira 14 de maio de 2025
A cientista que liderou a criação do imunizante de Oxford contra Covid disse que vacinar todas as pessoas com doses de reforço é desnecessário. Ela também fez um apelo para que as doses sejam enviadas para países necessitados.
A professora Sarah Gilbert disse ao jornal britânico Daily Telegraph que alguns grupos vulneráveis de pessoas precisam de reforços, mas que na maioria dos casos a imunidade está "durando bastante".
"Precisamos levar vacinas para países onde poucas pessoas foram vacinadas até agora", disse ela.
O órgão consultivo de vacinas do Reino Unido deve dar nos próximos dias um parecer final sobre doses de reforço no país.
O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) já disse que uma terceira dose deverá ser oferecida a pessoas com sistema imunológico enfraquecido, o que corresponde a até meio milhão de pessoas no Reino Unido. Mas o comitê ainda não decidiu se a terceira dose será ampliada para outros grupos.
O secretário de Saúde, Sajid Javid, disse na quinta-feira (09/09) que estava aguardando a "recomendação final" do JCVI, mas estava "confiante" de que um programa de dose de reforço começaria ainda no final de setembro.
A recomendação provisória emitida pelo JCVI em julho sugeriu que mais de 30 milhões de pessoas deveriam receber uma terceira dose, incluindo todos os adultos com mais de 50 anos.
O regulador de medicamentos do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) aprovou o uso da Pfizer e da AstraZeneca como vacinas de reforço contra Covid, abrindo caminho para uma implementação antes do inverno.
A cientista Sarah Gilbert, que começou a desenvolver a vacina Oxford-AstraZeneca no início de 2020, quando a Covid foi identificada pela primeira vez na China, disse que a decisão sobre doses de reforço precisa ser analisada com cuidado.