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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
PORTO VELHO - RO - A hanseníase é uma doença crônica que pode afetar qualquer pessoa. A principal característica é a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica (frio/calor), dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Diagnosticar a doença cedo é muito importante para evitar transmissão, complicações e deficiências.
O diagnóstico da doença é feito a partir de uma avaliação clínica em que são avaliados os sinais e os sintomas. Além disso, existe um exame auxiliar, a baciloscopia. O tratamento é todo disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e pode até mesmo curar a doença. Os remédios também interrompem a transmissão e previnem as sequelas. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis.
Caso apresente algum sintoma é necessário procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) o mais breve possível.
Transmissão
A doença é transmitida através de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas não tratadas e em fases mais adiantadas da doença. Com o início do tratamento, a transmissão é interrompida. A maioria das pessoas têm resistência à bactéria: a cada dez, apenas uma adoece. Em geral, é preciso uma relação próxima e frequente para que a doença se instale, por isso todas as pessoas que convivem com o doente devem ser examinadas. O contato com a pele ou objetos não transmite a doença.
Sintomas
Os nervos periféricos vão sendo afetados lentamente, por isso é preciso atenção a si mesmo para notar as alterações desde o início. Pode levar anos para os sintomas se tornarem evidentes:
Hanseníase em números
Em 2019 o Brasil registrou 27.864 novos casos de hanseníase. É o primeiro no mundo em incidência (quantidade de doentes em relação ao número de pessoas) e segundo em número de casos, depois da Índia*.
No Paraná o maior problema é o desconhecimento da doença, que faz com que os casos, sejam detectados tardiamente, muitas vezes apenas pelas sequelas que já apresentam.
*Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SESA).