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Cenário da pandemia continua preocupante, diz Observatório da Fiocruz

Dados ainda são alarmantes...


Agência Brasil

Publicada em: 11/02/2022 14:19:03 - Atualizado


FIOCRUZ - Perto de completar dois anos, o cenário da pandemia continua preocupante. E indica cada vez mais a necessidade de avançar na vacinação contra o coronavírus e suas variantes, principalmente a ômicron.

De acordo com o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz, ao longo desse período de emergência sanitária, a doença matou em todo mundo seis milhões de pessoas, sendo mais de 630 mil apenas no Brasil.

O balanço, divulgado nesta quarta-feira pelo Observatório, aponta que desde os primeiros casos confirmados na China, em 2019, foram registradas 388 milhões de infecções por covid no planeta. No Brasil, já são nada menos que 26 milhões. Segundo os dados oficiais, o país concentra 6,7% do total de casos confirmados no mundo e 11% das mortes, enquanto a nossa população representa menos de 3% da mundial.

O momento delicado da pandemia, destacado pelos especialistas, foi a disseminação da doença no ano passado, agravado pelo surgimento de uma variante ainda mais letal, que provocou milhares de mortes, sobrecarregou os sistemas de saúde e agravou as desigualdades de seu acesso pela sociedade, segundo o pesquisador da Fiocruz e coordenador do Observatório Covid-19, Carlos Machado.

Os pesquisadores consideram que atingir uma ampla cobertura vacinal neste momento poderá até mesmo bloquear a circulação do vírus e suas variantes. A avaliação é de que com a explosão de casos provocada pela ômicron, que é 70 vezes mais transmissível, um grande contingente populacional adquiriu imunidade temporária contra o SARS-CoV-2.

A Fiocruz sugere no boletim que o grande número de registros da doença pode colaborar para uma transição para uma endemia, o que caracterizaria a covid-19 como uma enfermidade presente no cotidiano. Porém, a mudança não significaria o fim das medidas de proteção individuais e coletivas.

Segundo a Fiocruz, o cenário atual indica ocorrência de internações maior entre idosos, quando comparadas aos adultos, e níveis preocupantes de crescimento das hospitalizações de crianças.


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