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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL - Clínicas particulares do Brasil começam a aplicar vacina contra Covid nesta terça-feira (31). O Jornal mostrou o preço e qual o imunizante disponível.
A vacinação contra a Covid pela rede particular foi liberada depois que o governo federal decretou o fim da emergência sanitária no país, em abril. A ideia é que o setor privado possa contribuir para a melhora nos índices de vacinação, sobretudo das doses de reforço. Ainda mais num momento em que o número de casos volta a chamar a atenção.
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, em maio o número de testes positivos de Covid já é quase três vezes maior do que o registrado em abril. Foram mais de 84 mil novos casos até 22 de maio contra quase 32 mil em abril.
“O setor privado ele funciona de forma complementar ao Programa Nacional de Imunizações. Então aquela pessoa que tem dificuldade de comparecer ao posto saúde no horário que o público funciona, né, que gosta de ter um horário diferenciado, um agendamento, as clínicas privadas normalmente funcionam aos sábados. Então isso também é positivo nesse momento que nós precisamos ter toda população acima de 5 anos com duas doses, com inclusive com os reforços que são recomendados”, diz Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do PNI.
A vacinação contra a Covid nas clínicas privadas, por enquanto, é só com imunizante da AstraZeneca, importado dos Estados Unidos. Cada dose custa entre R$250 e R$350, dependendo da clínica.
“Até o momento, mais de um milhão de doses já chegaram ao país e nossa expectativa é que nos próximos meses outras 1 milhão sejam entregues”, conta Fabrício Costa, gerente de comunicação da AstraZeneca.
Poderão receber a dose nas clínicas particulares todos os grupos que já estão liberados a tomar a vacina da Covid na rede pública. E, segundo a associação que representa as clínicas, a segunda dose de reforço também poderá ser aplicada em pessoas entre 18 e 60 anos, contanto que apresentem um relatório médico - que indica a necessidade da vacina.
“Essa avaliação médica vai ter que ser feita com critério, muito rígido, para saber se esse paciente vai ser beneficiado com a vacina ou não. Hoje a gente vai seguir a orientação do Ministério da Saúde”, explica Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas.
a rede pública apenas as pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos estão recebendo o segundo reforço pelo Programa Nacional de Imunizações.
Segundo a Anvisa, "as vacinas autorizadas no Brasil estão aprovadas somente para as indicações que constam em bula, incluindo a faixa etária e doses indicadas". O órgão disse ainda que fora das indicações da bula, esse uso deve ser baseado em evidências científicas e sustentada na responsabilidade do médico prescritor.
Hoje, a bula da vacina da AstraZeneca não menciona a segunda dose de reforço. Somente a primeira.