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Défice de vitamina D pode aumentar risco de doenças neurodegenerativas

Esta é a principal conclusão de um estudo australiano


Notícias ao Minuto

Publicada em: 20/06/2022 14:07:16 - Atualizado


MUNDO - Uma estudo, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, afirma que a vitamina D, indispensável para manter os ossos fortes, por exemplo, está relacionada com o risco de desenvolver demência.

Analisando os dados de 295 mil pessoas que fazem parte do banco de dados UK Biobank, um banco de dados do Reino Unido, os cientistas constataram que níveis baixos de vitamina D estão associados a um risco 54% superior de desenvolver demência.

Os investigadores da Universidade do Sul da Austrália realizaram uma análise genética dos indivíduos e avaliaram ligações entre a vitamina D e a demência e o AVC. No final, perceberam que níveis baixos desta vitamina foram identificados em doentes com volumes cerebrais menores e concluíram que não há ligação direta com o risco de AVC, apenas com a demência.

"Nesta população do Reino Unido, constatamos que até 17% dos casos de demência poderiam ter sido evitados aumentando os níveis de vitamina D", afirma a principal investigadora do estudo Elina Hyppönen, em comunicado.

Segundo o portal Lusíadas, uma pessoa saudável necessita de 600 a 800 unidades internacionais de vitamina D por dia. "À exceção do óleo de fígado de peixe, em muito poucos alimentos se encontrará esta vitamina", pode ler-se. O óleo de fígado de bacalhau, peixes gordos, leite e derivados, iscas de fígado, cogumelos e leveduras são alguns desses alimentos.

Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.


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