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    porto velho, sábado 21 de junho de 2025

OMS declara emergência global para tentar conter surto de varíola do macaco

Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, disse o diretor-geral da OMS.


G1

Publicada em: 23/07/2022 10:48:34 - Atualizado


BRASIL - A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta sábado (23) que a varíola dos macacos como emergência de saúde global.

Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, segundo a BBC.

"Decidi declarar uma emergência de saúde pública de alcance internacional", disse Tedros em entrevista coletiva, afirmando que o risco no mundo é relativamente moderado, exceto na Europa, onde é alto.

Tedros informou ainda que, com as ferramentas disponíveis, será possível controlar o surto e parar a transmissão.

Apesar da falta de consenso entre os membros do comitê de emergência da OMS, Tedros tomou a decisão de emitir a declaração - foi a primeira vez que o chefe da agência de saúde da ONU deu tal passo.

A decisão deste sábado pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta.

Segundo o diretor-geral da OMS, somente metade dos países com casos registrados de varíola dos macacos tem acesso garantido às vacinas.

Já o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, diz que ser vacinado não dá proteção instantânea contra a doença.

Sintomas

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser:

  • febre
  • dor de cabeça
  • dores musculares
  • dor nas costas
  • gânglios (linfonodos) inchados
  • calafrios
  • exaustão

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

Como se proteger

O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

"Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças", disse a agência.


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