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Adolescente que matou professora em São Paulo ficará internado provisoriamente

Aluno deve ficar até 45 dias na Fundação Casa; após sentença, ele poderá cumprir medida socioeducativa de até três anos


R7

Publicada em: 29/03/2023 10:38:44 - Atualizado

BRASIL: O adolescente que matou a professora Elisabeth Terneiro, de 71 anos, ficará internado provisoriamente por até 45 dias em uma unidade da Fundação Casa. Isso porque o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido do Ministério Público, nesta terça-feira (28), que requeria a internação dele.

A decisão segue as regulamentações do artigo 183 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Segundo o TJ, ainda será "marcada uma audiência de apresentação para que ele seja ouvido, na presença de seus representantes legais". Como o caso tramita em segredo de justiça, outros detalhes não foram divulgados.

Após a sentença, o jovem poderá cumprir medida socioeducativa de até três anos.

Relembre o caso

O adolescente foi apreendido após ter atacado e ferido, com uma faca, quatro professores e dois alunos na Escola Estadual Thomázia Montoro, localizada na rua Doutor Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27). O ataque ocorreu por volta das 7h30, quando as aulas já tinham começado.

Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, uma das docentes atacadas pelo estudante, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ela era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz, e, desde 2013, passou a se dedicar ao ensino de crianças.

Pais de estudantes ouvidos pela reportagem contam que teriam ocorrido brigas entre alunos na última semana. O autor dos ataques teria sido um dos envolvidos, e a professora Elisabeth, vítima do atentado, uma das que separaram os conflitos.

Em depoimento, o rapaz afirmou que sofreu bullying ao longo de dois anos nas escolas em que estudou e que treinava golpes de faca em um travesseiro. As informações foram divulgadas pelo delegado Marcos Vinicius Reis, do 34° Distrito Policial, responsável pela investigação.

"Falavam que ele era franzino, sobre o cabelo dele", afirmou o delegado em entrevista coletiva nesta terça-feira (28). Reis diz, no entanto, ter dúvidas ainda sobre a motivação e afirma que a investigação prossegue.


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