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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
BRASIL: A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram na madrugada desta sexta-feira (4) uma nova operação na investigação para desvendar o assassinato contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, mortos em 2018.
A ação desta sexta mira um esquema de “gatonet” no qual o ex-bombeiro Maxwell Simões, o Suel, preso por envolvimento no crime, teria envolvimento. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão são cumpridos.
Os agentes foram ao Complexo Lins, Rocha Miranda e no Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Documentos foram apreendidos.
Na semana passada, a PF afirmou que Suel era o responsável por controlar a exploração do serviço clandestino de TV por assinatura, ou gatonet, na região de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi dada por Leandro Almada da Costa, superintendente regional da Polícia Federal, na entrevista coletiva da Operação Élpis, na qual Suel foi preso.
“[Suel] já foi denunciado pelo Ministério Público por explorar gatonet. Esse ambiente criminoso permeia até a origem do próprio [Ronnie] Lessa. Existe a questão da história do crime, outros matadores, outros executores que atuam nesse contexto no Rio de Janeiro”, disse Almada.
Ainda de acordo com as investigações, Suel teria um patrimônio incompatível com suas receitas. Entre as possíveis evidências encontradas, chamou a atenção dos investigadores o alto padrão da moradia do ex-bombeiro.
Conforme mostrou a CNN, os investigadores apuram a movimentação de R$ 5,3 milhões nas contas de Suel e empresas ligadas a ele em três meses.
Sobre essas movimentações, a defesa de Suel disse à CNN que não comentaria o caso.
O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, foi transferido ao Presídio Federal de Brasília na tarde da terça-feira da semana passada (25).
Suel foi preso no dia anterior pela Polícia Federal (PF) suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele estava na carceragem da PF no Rio de Janeiro antes de ser transferido.
Maxwell já havia sido preso em junho de 2020 em uma operação que investigava o crime e cumpria prisão domiciliar. Ele teria ajudado a esconder armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora e do motorista. Entre as armas, estaria a utilizada nos homicídios.
A investigação sobre o assassinato da vereadora avançou após as revelações feitas pelo ex-policial militar Élcio Queiroz em delação premiada, na qual ele detalhou os acontecimentos envolvendo a execução de Marielle.